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Deputado pede fim de contratos com OSs

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publicado em 16/10/2019 às 08h42
atualizado em 16/10/2019 às 05h50

O deputado estadual Tovar Correia Lima (PSDB) usou a tribuna na Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB), nesta terça-feira (15), para falar do envolvimento de secretários do Governo do Estado e de Organizações Sociais (OSs) em um suposto esquema de corrupção e desvio de dinheiro público, que vem sendo revelado pela Operação Calvário. Ele criticou o fato da realização de novos chamamentos públicos para a contratação de OSs e afirmou que isso é indício de dar continuidade a um esquema de corrupção.

O tucano destacou que o Executivo deveria por um ponto final nos contratos com as Organizações Sociais, pois a experiência foi desastrosa. “Mas, em meio a mais uma fase da Operação Calvário, o Governo faz dois chamamentos públicos para a contratação de OSs para gerenciar hospitais no Estado, sendo um no valor de R$ 88 milhões e outro que R$ 261 milhões. Esse modelo não deu certo e me causa muita estranheza insistir nisso. Será que quere continuar com esse esquema de corrupção?”, questionou.

Tovar ainda lembrou que cinco secretários do Governo do Estado receberam visita da Polícia Federal em casa e só depois foram sendo afastados da gestão. “Tivemos oito ou dez meses que o governador manteve essas mesmas pessoas em cargos de gestão e, com isso, podemos constatar que o Governo é corrupto”, disse.

O parlamentar falou também dos motivos expostos pelo Governo do Estado para realizar intervenção nas unidades hospitalares, entre elas a responsabilidade do Estado quanto à organização, direção, controle, fiscalização e gestão das ações e serviços de saúde executados no âmbito de sua competência federativa pactuada. “Isso nos leva a crer que isso não estava sendo feito e em meio a um escândalo, a gestão decidiu agir”, afirmou.

Operação Calvário – A Operação Calvário visa desarticular uma organização criminosa suspeita de corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos em contratos firmados com unidades de saúde e educação da Paraíba. A investigação identificou que a organização criminosa teve acesso a mais de R$ 1,1 bilhão em recursos públicos, para a gestão de unidades de saúde em várias unidades da federação, no período entre julho de 2011 até dezembro de 2018.

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