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Rússia e Ucrânia trocam prisioneiros após cinco anos

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publicado em 07/09/2019 às 15h20

Rússia e Ucrânia promoveram uma troca de prisioneiros neste sábado (7), em uma medida amplamente vista como uma abertura para uma possível melhora nas relações entre os dois países.

As trocas envolveram 70 prisioneiros – 35 de cada lado – em um acordo considerado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, como “um primeiro passo” para pôr fim ao conflito no leste de seu país, onde separatistas pró-Rússia realizam uma insurgência contra Kiev que já dura cinco anos.

Um avião com prisioneiros ucranianos detidos na Rússia partiu do aeroporto de Vnukovo, enquanto, simultaneamente, outra aeronave decolava de Kiev com os 35 russos a bordo. Dos dois lados, familiares dos prisioneiros os receberam nos aeroportos sob aplausos e comemorações.

Entre os prisioneiros ucranianos estavam 24 marinheiros detidos pela Guarda Costeira russa em novembro, acusados de entrar ilegalmente em águas territoriais do país. Também retornou a Kiev o cineasta Oleg Sentsov, condenado em Moscou por supostas atividades terroristas na Península da Crimeia, região ucraniana anexada pela Rússia em 2014.

Nascido na Crimeia, Sentsov estava preso há cinco anos depois de ser detido poucos meses após a anexação. No ano passado, o Parlamento Europeu o agraciou com o prêmio Sakharov de Liberdade e de Direitos Humanos. “Agradeço a todas as pessoas que lutaram por nós”, disse o cineasta ao chegar a Kiev neste sábado.

Entre os russos libertados estava o jornalista Kyrylo Vyshynsky, de nacionalidade russa e ucraniana, acusado por Kiev de traição por escrever reportagens que tentavam justificar a anexação da Crimeia.

Agência Brasil

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