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POLÊMICA NO SERTÃO

Câmara reprova 14º e 15º salários para professores

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publicado em 29/08/2019 às 10h38
atualizado em 29/08/2019 às 09h29
Arquivo/Agência Brasil

Um projeto de lei que instituiria 14º e 15º salários para os professores da rede municipal e o outro assegurando gratuidade nos ônibus para estudante universitários, foram vetados pela Câmara Municipal de São Bento, nessa quarta-feira (29).

O primeiro projeto garantiria dois salários extras aos professores e funcionários que se destacassem ao longo do ano no trabalho da educação infantil da cidade, nos mesmos moldes dos que são concedidos pelo Governo do Estado. Para tanto, seria instituído os prêmios Mais Educador e Sabe Mais Escola. A Prefeitura de São Bento diz ter conseguido a assinatura de mais de 80% dos professores desejando o benefício.

Oposição ao prefeito Jarques Lúcio (DEM), o primeiro secretário da Câmara Municipal de São Bento, vereador Adailton Dantas (PSB), disse que a matéria que tratava do benefício para os professores não oferecia nenhuma segurança aos professores, que dependeriam do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) para receber os dois salários extras.

“A maioria dos professores não queriam de jeito nenhum esse projeto. Se chegasse no fim do ano e o Ideb da escola não atendesse outras várias coisas, o professor poderia ter feito projeto, poderia ter trabalhado de dia, noite, madrugada e o prefeito falar no fim do ano que não teria dinheiro na folha porque o Ideb está baixo, não teria outro critério. Foi um projeto muito vago, sem muita segurança para os professores. Os professores tentaram mudar os critérios, mas o prefeito não recebeu.

O outro projeto, igualmente rejeitado, assegurava gratuidade dentro do transporte escolar intermunicipal para estudantes universitários de São Bento que estudam fora da cidade. Segundo Dantas, a matéria foi reprovada porque o benefício só atingiria estudantes inseridos no Bolsa Família.

“Os estudantes queriam um transporte gratuito para todos e não seria. Para um estudante ter a gratuidade teria que apresentar vários documentos e até o Bolsa Família. Se fosse para beneficiar os menos favorecidos, de 180 alunos, se dez conseguisse apresentar a documentação era muito”, sustentou.

O prefeito Jarques Lúcio (DEM) tratou o episódio como uma tentativa de “sabotagem” contra a gestão. “Estão tentando sabotar a melhor gestão de São Bento, a Câmara Municipal faz história prejudicando toda população. Fica o questionamento: qual é o mal do 14º e 15º salário faria a educação para ser reprovado? Qual o mal de um projeto de lei que daria gratuidade para os estudantes? Se o professor não quer um 14º e 15º, deixe para quem quiser. Vivemos em uma crise sem precedentes. Com certeza isso ajuda ao professor, a sua família, ajuda a construir um futuro melhor para uma cidade do Sertão da Paraíba. Não vamos destruir sonhos, vamos construir”, afirmou.

MaisPB

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