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Sarampo em Pernambuco faz Governo da Paraíba lançar alerta para prefeituras

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publicado em 04/06/2013 às 20h36

 A Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Gerência Executiva de Vigilância em Saúde, encaminhou nota técnica às Gerências Regionais de Saúde com orientações de vigilância epidemiológica e com recomendações sobre a necessidade de intensificar as ações de vigilância junto aos municípios no intuito de evitar a reintrodução viral do sarampo no Estado, tendo em vista o surgimento de casos importados.

De acordo com a gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES, Talita Tavares, para a realização dessas ações deve-se levar em consideração processo de certificação da erradicação/eliminação do sarampo, rubéola e síndrome da rubéola congênita (SRC) no Brasil, onde os últimos casos autóctones de sarampo datam de 2000. Vários países, no entanto, possuem transmissão endêmica. Deve-se considerar, ainda, a ocorrência de cinco casos confirmados de sarampo no Estado de Pernambuco, nos meses de março e abril de 2013, com identificação viral do genótipo D8 semelhante aos circulantes na América do Norte e Europa.

Ela explicou que, até o mês março de 2013, apenas 36%, ou seja, 81 municípios paraibanos apresentaram coberturas vacinais adequadas, conforme recomendação do Programa Nacional de Imunização – PNI. “Tal situação favorece o surgimento de bolsões de suscetíveis e possibilita a reintrodução do sarampo no Estado. Dessa forma, se faz necessário alertar os gestores municipais para intensificarem a busca ativa na população para imunizar pessoas não vacinadas com a tríplice viral, principalmente aqueles municípios que não alcançaram a meta de 95%. O objetivo é manter um alto nível de imunidade na população, reduzindo a possibilidade da ocorrência da doença”, alertou Talita Tavares.

O acompanhamento dos casos suspeitos e de quem teve contato com os casos suspeitos devem ser realizados em tempo real. A partir da identificação do caso suspeito informar imediatamente ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde da SES (CIEVS/SES) – 24h – pelo telefone 8828-2522.

Sobre a doença – O sarampo é uma doença infecciosa aguda, de natureza viral, grave, transmissível e extremamente contagiosa, muito comum na infância. O período de incubação geralmente é de 10 dias (variando de 7 a 18 dias), desde a data da exposição até o aparecimento da febre, e cerca de 14 dias até o início do exantema. A transmissibilidade é de 4 a 6 dias antes do aparecimento do exantema, até 4 dias após. O período de maior transmissibilidade ocorre dois dias antes e dois dias após o início do exantema.

Talita Tavares alerta todo paciente que, independente da idade e da situação vacinal, apresentar febre e exantema, acompanhados de um ou mais dos seguintes sinais e sintomas: tosse e/ou coriza e/ou conjuntivite; ou todo indivíduo suspeito com história de viagem ao exterior nos últimos 30 dias ou de contato, no mesmo período, com alguém que viajou ao exterior.

A gerente executiva de Vigilância em Saúde da SES recomenda que, diante de uma pessoa com sinais e sintomas do sarampo, deve ser realizado o bloqueio vacinal limitado aos contatos do caso suspeito. A vacina deve ser administrada, de preferência, dentro de 72 horas após a exposição. “A vacinação de bloqueio deve abranger as pessoas do mesmo domicílio do caso suspeito, vizinhos próximos, creches, ou, quando for o caso, as pessoas da mesma sala de aula, do mesmo quarto de alojamento ou da sala de trabalho. Na vacinação de bloqueio, utilizar a vacina tríplice viral para a faixa etária de 6 meses a 49 anos de idade, de forma seletiva”, explicou.

Mais informações – O vírus do sarampo ainda circula intensamente em diversos países do mundo, por isso os paraibanos que estão com viagem programada para o exterior devem estar vacinados com a tríplice viral seguindo o preconizado no calendário básico de vacinação para criança, adolescente e adulto. A vacina está disponível em todos os municípios.

As crianças devem tomar duas doses da vacina, sendo a primeira ao completarem 12 meses de idade e a segunda aos 15 meses. Para os adolescentes (11 a 19 anos), está indicado o esquema de vacinação da tríplice viral quando não comprovar o esquema de duas doses. Em caso de apresentar comprovação de apenas uma dose, administrar a segunda dose, sendo o intervalo mínimo entre as doses de 30 dias. Já para os adultos, deve-se administrar uma dose em homens e mulheres de 20 a 49 anos de idade que não apresentarem comprovação vacinal.

A vacina está contraindicada para as mulheres grávidas. Além disso, deve-se orientar as mulheres em idade fértil a evitar a gravidez, no mínimo, um mês após a vacinação. A segunda dose de tríplice viral das crianças foi antecipada para 15 meses a partir do mês de fevereiro de 2013.

Aos viajantes não vacinados a orientação é para que recebam a vacina pelo menos 15 dias antes da partida e os que apresentarem contraindicações a algum componente da vacina devem ser referenciadas ao Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE). As Secretarias Municipais de Saúde devem disponibilizar os locais e horários de funcionamento das salas de vacinação.

A SES recomenda que os trabalhadores da rede de turismo e profissionais de saúde que não apresentam comprovação de vacinação da tríplice viral procurem um posto de vacinação de seu município para se imunizar contra o sarampo. Em homens de 20 a 39 anos de idade e em mulheres de 20 a 49 anos de idade deve-se administrar uma dose de tríplice viral.

MaisPB com Secom PB 

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