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Dia do Trabalho… sem empregos!

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publicado em 01/05/2019 às 10h46

Uma frase comumente usada por lideranças sindicais, relativamente à passagem de uma data como a de 1º de maio, instituída como o Dia do Trabalho (ou Dia do Trabalhador), é a de que “nada há para comemorar”.

Na verdade, de uns anos para cá, com o Brasil apresentando alto índice de desempregados, até mesmo os que estão com a graça de um emprego são tomados pelo sentimento de tristeza ao constatarem alguns parentes, vizinhos, amigos ou tantos desconhecidos mostrando seus currículos e pleiteando vínculo empregatício.

Vivemos momentos bem mais desafiantes do que aqueles do 1º de maio de 1886, em Chicago/Estados Unidos, quando trabalhadores lutaram por melhores condições de trabalho, como, por exemplo, pela redução da jornada diária de 14 para 8 horas e por um dia de folga na semana. Foi a partir daqueles tempos que as jornadas de trabalho foram ficando mais humanas, de tal modo que agora há categorias cujas jornadas diárias são menores que a de 8 horas e o descanso semanal corresponde a dois dias (normalmente o sábado e o domingo). E neste ano, com o 1º de maio coincidindo com uma quarta feira, a folga semanal acresceu-se de mais um dia, Dia do Trabalho… sem trabalho!

Recentemente, nas redes sociais, estava um vídeo mostrando uma loja autônoma sendo inaugurada em Vitória/ES e já projetando a inauguração de uma outra em São Paulo/SP. Loja autônoma: em suas dependências nenhum atendente; tudo é digital… até a entrada, o abrir da porta, faz-se mediante o reconhecimento facial do(a) comprador(a), que autonomamente pega os produtos, coloca-os na cestinha e ao sair pela porta por onde entrou, debita-se em seu cartão o valor do que colocara na cestinha. É uma loja autônoma… uma loja que não proporciona empregos.

Fica difícil comemorar-se Dia do Trabalho… sem empregos.

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