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Após mortes, Egito decreta estado de emergência e toque de recolher

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publicado em 14/08/2013 às 12h11

 O governo do Egito anunciou nesta quarta-feira (14) a imposição de estado de emergência, por um mês, após os confrontos entre forças de segurança e islamitas que mataram 95 pessoas e deixaram 874 feridos, segundo a TV estatal.

O estado de emergência começou às 16h locais (11h de Brasília).

A presidência pediu ao exército que ajude o Ministério do Interior a "impor a ordem" no dividido país, o mais populoso dos países árabes.
Também foi imposto toque de recolher no Cairo e em várias províncias, de 19h às 6h.

Crise após golpe militar

Segundo a imprensa local, os confrontos seguem intensos na capital do país, cada vez mais afundado na crise política após a derrubada do presidente islamita Morsi, no início de julho, por um golpe militar.

Os islamitas pedem que ele seja reconduzido ao cargo. Os militares prometeram uma transição de volta à democracia.
Segundo o Ministério da Saúde, 95 pessoas morreram e outras 874 ficaram feridas. O porta-voz do ministério, Hamdi Abdel Karim, disse que entre os mortos estão policiais e civis.

O maior número de vítimas dos confrontos ocorreu na província de Miniya, no sul, onde 25 pessoas morreram e 197 se feriram, segundo o ministério.

Também foram registradas mortes em Beheira, Alexandria e Daqahiliya (norte), Suez (leste), Luxor (sul), entre outras províncias.

A Irmandade Muçulmana e a imprensa falam em cifras maiores, com até 350 mortos. Eles também afirmam que a filha de 17 anos um de seus líderes, Mohammed al-Beltagui, está entre os mortos. Ela teria sido baleada no peito e nas costas durante o avanço da polícia na praça de Rabaa al-Adawiya
As forças de segurança – com policiais, blindados e helicópteros – atacaram acampamentos dos seguidores do deposto presidente, Mohammed Morsi.

A tropa de choque da polícia, usando máscaras de gás, aproximou-se agachada atrás de veículos blindados pelas ruas ao redor da mesquita Rabaa al-Adawiya, no nordeste do Cairo, onde milhares de apoiadores de Morsi mantinham uma vigília.

G1

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