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DROGAS

Pesquisa mostra que maconha é a droga mais usada no mundo. Heroína é a mais perigosa

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publicado em 30/08/2013 ás 13h55

 Um amplo estudo sobre o uso de drogas ilícitas, publicado nesta quinta-feira no periódico The Lancet, mostrou que a maconha é a droga mais usada no mundo, embora as anfetaminas, como o ecstasy, sejam as maiores causadoras de dependência. A pesquisa apontou também a heroína como maior causadora de óbitos, trazendo as consequências mais sérias para a saúde em escala mundial.

Das 78.000 mortes atribuídas ao uso de drogas no ano de 2010, mais da metade (55%) está relacionada aos opiáceos (substâncias derivadas do ópio, narcótico extraído de papoulas), como a heroína. O documento destaca ainda o fato de que a dependência de drogas injetáveis constitui um fator muito importante de exposição e infecção pelos vírus da aids e da hepatite — em decorrência do compartilhamento de seringas e outros materiais.

Embora a maconha seja o entorpecente de maior consumo no mundo, ela apresenta um impacto sobre a saúde menor do que outras drogas, particularmente porque está relacionada a um menor índice de dependência: 13 milhões de pessoas, contra 17,2 milhões de dependentes de anfetaminas e 15,5 milhões de opiáceos.

As consequências para a saúde causadas pelos quatro tipos de drogas estudados — maconha, cocaína, opiáceos e anfetaminas — aumentaram 50% no mundo entre 1990 e 2010, particularmente devido ao aumento do número de consumidores. O estudo relata que os maiores níveis de dependência de cocaína foram encontrados nas Américas.

Drogas lícitas – O estudo afirma que o álcool e o tabagismo são responsáveis por quase 10% da mortalidade total, contra 1% das drogas ilícitas.

É preciso, no entanto, levar em conta que o número de pessoas dependentes de drogas é muito inferior ao de dependentes de álcool e tabaco, por isso eles têm um efeito mais devastador. "É evidente que a utilização de drogas ilegais provoca mais danos em nível individual que as drogas lícitas", escrevem os autores do estudo, liderado por Louisa Degenhardt, pesquisadora da Universidade de Nova Gales do Sul.

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