João Pessoa, 30 de outubro de 2018 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
Como era esperado, o resultado do segundo turno das eleições para presidente da República do último domingo (28) promoveu discursos acalorados entre os deputados estaduais, nesta terça-feira (30), na Assembleia Legislativa da Paraíba. Parlamentares de situação de oposição usaram a tribuna, na primeira sessão na Casa após o segundo turno, para comentar a vitória de Jair Bolsonaro (PSL), eleito presidente da República.
Adriano Galdino (PSB) disse que torce que o candidato eleito faça um bom mandato e afirmou que estará atento a gestão federal. “Eu vou estar vigilante como paraibano e nordestino que sou para que o nosso Nordeste não seja discriminado e perseguido pelas forças políticas do Sul e do Sudeste. Não vou aceitar. Irei resistir e gritar para que os direitos do povo paraibano sejam respeitados”, declarou.
Estela Bezerra (PSB) relembrou posições polêmicas do presidente eleito e disse que a eleição de Bolsonaro demonstra uma segregação no Brasil. “Viveremos um país com brasileiros cheios de esperanças no coração, trabalhadores com preconceitos embutidos no processo inteiro e, sobretudo, um país que buscará segregar algumas regiões, uma delas, o Nordeste e o Norte do país”, destacou.
Já o deputado Bruno Cunha Lima (SD) disse que é preciso que os políticos entendam o recado que veio das urnas e comecem a fazer uma autocrítica. “Foi uma clara demonstração de um país que clama pela mudança, mas, infelizmente, a ampla maioria ainda não sabe mudar. Agora, cabe a nós classe política fazer uma auto critica ou vamos continuar implodido e ruindo dentro das próprias estruturas”, destacou.
Jutay Menezes (PRB), defendeu Bolsonaro das acusações de homofobia e preconceito contra os negros e rebateu Estela, que disse não ver problemas nas cartilhas de orientação sexual criticadas por ele. “A questão de ensinar a criança, no momento oportuno, quando ela deve aprender a respeito da sexualidade cabe aos pais e não ao professor”, enfatizou. Para ele, diferente do que pregam, o preconceito não está em Bolsonaro, mas sim nos que não aceitam a vitória do candidato do PSL.
O parlamentar Raniery Paulino (MDB) cobrou bom senso e pediu para que sejam respeitadas as opiniões divergentes. “Eu tenho mais receio que esperança sobre o governo que se instalará. Mas torço que dê certo. Não podemos queimar a largada antes do tempo”, afirmou.
Roberto Targino e Albemar Santos – MaisPB
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