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CONCLUSÃO

IPC diz que falha mecânica causou trágico acidente de ônibus da Sta Rita

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publicado em 08/01/2014 ás 10h03

Um laudo com mais de 90 páginas do  Instituto de Polícia Cientifica da Paraíba (IPC), divulgado na manhã desta quarta-feira (8), comprova falha mecânica no acidente com um ônibus da empresa Santa Rita, em setembro do de 2013, em João Pessoa.  O  veículo perdeu o controle e bateu em um poste deixando três mortos e 39 feridos  na BR 230.

De acordo com o perito, Herbert Boson Teixeira Silva, que participou das análises juntamente com Humberto Pontes, diretor do IPC, e Robson Felix Mamede, todas as peças do ônibus foram analisadas para que se tivesse a precisão do que veio a fazer o coletivo perder o controle. O tacógrafo e o comportamento do motorista também foram averiguados.

No entanto, após análise minuciosa, foi  descartada falha do motorista tendo em vista que o controle de aceleração do ônibus mostrou que o veículo vinha em uma velocidade normal para a via.

Constatados três abalos mecânicos, conta o perito, a equipe partiu para examinar as peças com a participação de especialistas universitários onde se comprovou que a fadiga por falta de manutenção levou a quebra de uma das lâminas das molas do automóvel, sobrecarregando o sistema e fazendo com que outras peças não suportasse o peso do veículo.

“A conclusão que chegamos foi que o ônibus vinha trafegando na pista quando ouve uma quebra da segunda mola do feixe dianteiro direito. Isso  sobrecarregou  todo o sistema fazendo com que a mola mestre também quebrasse levando a  um rebaixamento do setor dianteiro direito tirando o ônibus da pista e fazendo com que ele colidisse com o poste”, contou  o perito acrescentando:

"Foi uma falha mecânica provocada por um problema de manutenção. Aquelas peças já tinham passado do prazo de troca", garantiu. 

De acordo com o perito, após revelada a verdade dos fatos, o laudo será encaminhado para o delegado responsável pelo caso para que os responsáveis sejam acionados juridicamente. 

No acidente vieram a óbito, Valéria Rodrigues e Wagner Sousa Santos  e  Marinalva Paulino de Melo. Valéria e Wagner  morreram no local. Valéria Rodrigues estava grávida de cinco meses. A pressão das ferragens contra o corpo dela foi tão forte que o feto saiu do seu corpo, também morto.

Já Marinalva Paulino morreu 40 dias no Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa.
 

Roberto Targino 

com informações do repórter Caveira 

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