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Audiência discute Hospital Veterinário Público

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publicado em 27/04/2017 às 18h23
atualizado em 27/04/2017 às 15h27

Os maus tratos praticados contra animais representam a maioria dos crimes registrados na Delegacia de Meio Ambiente de João Pessoa. Casos de envenenamento e agressões são frequentes. Apesar do elevado número de casos, João Pessoa não possui um Hospital Público Veterinário para garantir atendimento aos animais.

Nesta quinta-feira (7), a pedido do vereador Leo Bezerra (PSB), a Câmara Municipal debateu a construção do equipamento.

“Eu pude constatar o sofrimento dos animais e dos protetores com o descaso do Poder Público. Aqui estamos para fazer um projeto que seja bom para os animais e para os protetores. Para que possamos ter um ambiente adequado para cuidados. A saúde humana está diretamente relacionada à saúde e bem estar dos animais”, explicou Leo Bezerra.

O parlamentar anunciou a criação de uma Frente Parlamentar em Defesa do Bem Estar Animal para debater de forma contínua a criação e cumprimento de politicas públicas voltadas para os animais. Leo Bezerra também vai apresentar projeto para construção de um Hospital Veterinário e um abrigo público para animais.

O titular da Delegacia de Meio Ambiente, Ragner Magalhães, revelou que a maioria dos crimes registrados na Capital estão relacionados a maus tratos praticados contra os animais e reforçou a necessidade de construção de um equipamento específico para garantir os cuidados necessários. “Muitas vezes as primeiras pessoas que ligamos ao receber casos deste tipo são os protetores. Para garantir atendimento a estes animais eles acumulam dívidas altíssimas. Um hospital público é necessário”, pontuou, elogiando a iniciativa do vereador.

O presidente da Comissão de Proteção Animal da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Francisco José Garcia, iniciou seu discurso ressaltando a “imperiosa urgência de construção de um Hospital Veterinário”. Ele denunciou o alto índice de abandono e mortes de animais provocadas, principalmente, por envenenamento e agressões. “O ente público tem obrigação de garantir assistência. O protetores já não têm suporte físico e financeiro para socorrer este animais, que muitas vezes continuam com os agressores porque não há um local para levá-los”, frisou.

Representante da ONG Apaab, Maribel Amengual denunciou o descaso do Poder Público com a causa animal. “É inadmissível uma capital como João Pessoa não ter um hospital público, não ter um abrigo”, destacou.
Diante da omissão da Prefeitura Municipal de João Pessoa, ONGs e protetores independentes irão acioná-la na

Justiça para que faça o reembolso de todas as despesas oriundas do atendimento de animais. “Somente em duas cirurgias o Adota precisou pagar R$4.500. As dívidas são muito grandes então nós precisamos recorrer a bazares e eventos para levantar recursos”, explicou Pollyana Dantas, do Adota João Pessoa.

Participaram da audiência pública Organizações Não Governamentais, protetores independentes, além dos vereadores de Campina Grande, Olímpio Oliveira e Galego do Leite e o advogado Odon Bezerra, representando a Assembleia Legislativa da Paraíba.

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