Principal aliado para governabilidade, PMDB inviabiliza de uma vez o governo de Dilma

A saída presumida do PMDB, marcada para hoje à tarde, representa mais do que um desembarque. É o tiro fatal contra o que ainda resta do cambaleante governo da presidente Dilma Roussef.

Na esteira dos entendimentos nacionais, o PMDB da Paraíba seguiu o mesmo caminho. Sem dissidências, os paraibanos entenderam que a relação, como disse o demissionário Henrique Eduardo Alves, se “exauriu”.

A situação política da presidente já ia de mal a pior. A perda de uma bancada de 70 deputados na Câmara e 16 senadores no Senado representa a retirada dos aparelhos que ainda mantêm o PT vivo no Planalto.

O ‘desembarque’ do PMDB, dono de sete ministérios e da vice-presidência, provoca danos ainda maiores. Funciona como estímulo para a saída seqüencial de demais legendas da base governista.

Pra quem tinha, já não restam mais dúvidas: o governo acabou. O que vem a seguir é só rito do script do fim de uma Era que se iniciou com avanços sociais e prosperidade econômica e caminha para terminar melancolicamente com a marca dos escândalos, crimes e rejeição popular.

Varando a…
Mesmo após a definição no gabinete do senador José Maranhão pela saída dos paraibanos do governo, as reuniões não terminaram.

…Madrugada
O senador Raimundo Lira e o deputado Manoel Júnior, por exemplo, emendaram outros encontros políticos na Capital Federal.

Dando o…
“As razões para o rompimento, além de falsas, exageram no cinismo e oportunismo”, reagiu à Coluna, Charliton Machado, presidente do PT.

…Troco
Machado prevê desdobramentos ruins para o PMDB: “Tal decisão terá, certamente, conseqüências no presente e no futuro”.

Frente a Frente
“Não sou muito de assistir programas locais, pois em regra há um cansativo debate de política caseira. Exceção, via agora, é o dinâmico programa do Heron Cid, na TV Arapuan, onde quatro ilustres pessoas da Paraíba com idéias antagônicas fazem um esclarecedor debate democrático sobre temas políticos e jurídicos nacionais”. Depoimento nas redes sociais do desembargador Márcio Murilo, sobre o Frente a Frente, de ontem, que discorreu sobre as implicações legais do impeachment.

BRASAS
*Codinomes – Reina na classe política a curiosidade sobre quem seriam “Aviador”, “Graviola”, “Pardal”, “Tênis” e “Pouca Telha”, irrigados no passado pela Odebrecht.

*Espaços – Fechado com Cartaxo, o PP quer recuperar sua presença na Prefeitura. Antes do afastamento da direção estadual, a sigla tinha duas secretarias.

*Atitude – Corajoso o gesto do prefeito Romero Rodrigues (PSDB) de espontâneamente procurar a PF para abrir seus sigilos.

*Decisão tomada – O deputado Rômulo Gouveia (PSD) seguirá a maioria do seu partido pelo impeachment da presidente Dilma.

*Covardia – Eis o termo usado pelo petista Anísio Maia para classificar o desembarque das siglas ‘aliadas’ de Dilma.

FALA CANDINHA
Despedidas
Direto ao assunto, tal qual José Nêumanne Pinto, dona Candinha tascou: “O último que sair apague a estrela”.

PONTO DE INTERROGAÇÃO
Qual tamanho teria Luciano Cartaxo se ainda estivesse no PT?

PINGO QUENTE
“É batom na cueca”. Do advogado paraibano José Mariz Filho, no Frente a Frente, sobre a conversa flagrada pela PF entre Lula e Dilma.

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