João Pessoa, 11 de março de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A direção da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, maior unidade prisional do Rio Grande do Norte, confirmou uma nova fuga de detentos. Segundo o diretor Ivo Freire, a fuga aconteceu na noite desta quinta-feira (10). Ainda não se sabe quantos homens conseguiram fugir. Neste mês, o sistema prisional potiguar completa um ano em estado de calamidade e Cristiano Feitosa, secretário de Justiça e Cidadania, acha que o sistema “melhorou muito pouco”.
Fugas em 2016
Sem contar com a fuga registrada nesta quinta-feira (10), 121 detentos já escaparam do sistema prisional potiguar neste ano. A última fuga aconteceu nesta terça-feira (8) quando um preso se aproveitou da fragilidade da segurança e fugiu correndo pela porta da frente da Penitenciária Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró, cidade da região Oeste potiguar.
Sistema em calamidade
O sistema penitenciário potiguar completa um ano em estado de calamidade pública no dia 17 deste mês. O decreto – que segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejuc) será renovado por mais seis meses – foi necessário após uma série de rebeliões que destruiu boa parte das 33 unidades prisionais mantidas pelo estado. Neste período, o Rio Grande do Norte recebeu o reforço de 200 policiais da Força Nacional e gastou mais de R$ 7 milhões na reconstrução dos presídios depredados. Melhorou ou piorou? Segundo o secretário Cristiano Feitosa, “melhorou muito pouco”.
O secretário fez uma avaliação e disse que “o sistema prisional potiguar possui hoje uma equipe de diretores mais integrada e informações estão sendo trocadas com mais rapidez, mas nesse um ano, mais precisamente no último semestre, a Sejuc está investindo pesado em planejamento e em medidas que vão se concretizar nos próximos seis meses. Então, as mudanças de maior efetividade e repercussão ainda estão por vir”, ressaltou. Atualmente, ainda de acordo com o secretário, o Rio Grande do Norte possui algo em torno de 3.500 vagas para uma população carcerária de 7.500 detentos. “Ou seja, temos um déficit de 4 mil vagas para preencher”, revelou.
G1
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