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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

A crise na PB é maior do que se pensa

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publicado em 25/02/2016 às 12h07
atualizado em 25/02/2016 às 09h15
joaopessoa

Retração econômica gera efeito dominó de incertezas, desemprego e tensão nos mercados

No momento da bonança, cujo auge se deu no segundo governo Lula, a construção civil foi um dos setores que mais festejou e faturou. No epicentro da crise, na era Dilma, é também um dos mais afetados.

Na Paraíba, o clima é de retração e incertezas. E ele serve para evidenciar o tamanho da gravidade econômica que vivemos. Substancialmente mais devastadora do que julga o senso comum julga e o oposto do que aliados de Dilma tentam desenhar.

Para se ter uma ideia, somente uma construtora pessoense, uma das maiores e mais consolidadas, demitiu nos últimos meses 500 funcionários. Não é pouca gente na rua e sem emprego, oriunda apenas de uma empresa.

Essa mesma construtora, segundo me confidenciou um dos seus sócios, vendeu em janeiro de 2015 R$ 15 milhões em apartamentos e salas comerciais, incluindo negócios em outros estados do Nordeste.

Sabe quanto essa mesma empresa negociou em janeiro deste ano? R$ 1 milhão. Acredite! Em torno de R$ 14 milhões a menos. Como resistir a uma despencada dessa ordem? Tentando readequar gastos, se reposicionar e uma decisão radical: não lançar nenhum novo empreendimento em 2016.

O exemplo ilustra, mas não é isolado. O ciclo de contaminação é inevitável. Recuo da construção civil é menos gente trabalhando, menos vendas de materiais de construção, menos investimentos no motor da publicidade, etc. O efeito dominó é devastador.

Chega, por osmose, às receitas do Estado, em plena queda, segundo admite e alerta a equipe econômica do Governo. Ato contínuo, torna-se reduzida a capacidade de investimento público em obras, ações e geração de emprego. E o ciclo vai dando suas perversas voltas, arrastando a todos para o centro desse furacão de aperto, dores e incertezas.

Lado bom…

Foram pelo menos duas reuniões em que o ministro Ricardo Berzoini tentou convencer o senador Raimundo Lira (PMDB) aceitar a liderança do governo.

…Lado ruim

Presidente do Senado, Renan Calheiros também entrou no circuito. Contrário à CPMF, Lira se sentiu desconfortável. Nem conseguiu avaliar os aspectos positivos.

Rede de…

Adversários do governo no Brejo estranham a mobilização e contestam o potencial vendido do complexo de psicultura de Bananeiras.

…Arrasto

Segundo informe oficial, a obra, que custa R$ 12 milhões, pode gerar uma produção diária de 84 toneladas dia. Algo tido como ‘surreal’.

veneziano 1Contando até três

O deputado Veneziano Vital (PMDB-foto) continua se segurando. Atiçado pelo presidente da Assembleia, Adriano Galdino (PSB), de quem ouviu a pecha de “integrante de oligarquia”, Veneziano suspirou fundo para não perder as estribeiras. “Deve ser fruto das emoções”, cravou.

BRASAS

*Tanto o prefeito Luciano Cartaxo quanto o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) evitaram maiores detalhes da pauta política que tiveram ontem.

*Depois de ouvir Cartaxo, Cássio conversa com os vereadores e diretório municipal na próxima segunda-feira.

*Não revela, mas Cunha Lima levará a sinalização de Luciano na direção da abertura de espaço para a vice.

*Cartaxo acertou ao ampliar o diálogo e quebrar o gelo com o senador José Maranhão (PMDB).

*Ricardo trabalha para empurrar o PMDB para a oposição e trazer para ele o que interessa: os deputados do partido.

*A prefeita Chica Motta (PMDB), de Patos, tem confidenciado falta de apetite para a reeleição. Prefere a Assembleia.

FALA CANDINHA!

Novo ramo

Dona Candinha achou uma solução pra enfrentar a crise e o calor na Paraíba: “Seguir o conselho de Dilma; estocar e comercializar vento…”.

PONTO DE INTERROGAÇÃO

A candidatura de Manoel Júnior resiste sem aliança?

adrianogaldinoserioPINGO QUENTE

“Eu vou contar minha história”. Do presidente da Assembleia, Adriano Galdino (PSB-foto), sobre sua candidatura em Campina Grande.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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