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Gilson Lira é Master Coach e Trainer em PNL com certificações pela Sociedade Brasileira de Coaching (SBC), Sociedade Euroamericana de Coaching (SEAC) e Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL). Bacharel em Comunicação Social e pós-graduado em Marketing e Gestão de Pessoas. Coautor dos livros “PNL para Professores”, “Segredos do Sucesso – Histórias de Executivos da Alta Gestão”, “Coaching para Gestão de Pessoas” “Empreendedorismo” e “Bíblia do Coaching”. Atualmente ocupa o cargo de diretor de mercados internacionais da Embratur. [email protected]

Pessimismo? Evite as “Hienas Hardy”

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publicado em 07/11/2015 às 15h51

Gostaria de começar esse texto, logo de cara, pedindo a você que fizesse um pequeno exercício. Não se preocupe. É algo bem simples.

Pense em uma pessoa que você acha bacana de estar próximo. Aquele tipo de pessoa que você até sente falta quando está longe do seu contato. Agora, muito sinceramente: “Ela é uma pessoa otimista ou pessimista?” “É uma pessoa alegre ou baixo-astral?” “Ela reflete brilho no olhar? Exala entusiasmo pela vida? Bom-humor? Ou, pelo contrário, exala certa dose de rancor? Descontentamento pela vida? E, em muitos dos casos, sentimento de inveja?”.

Você já deve ter entendido. A verdade é que gostamos de estar perto de pessoas otimistas e que irradiem boa energia. Gostamos de estar juntos de pessoas positivas, de bom humor e com grande alto-astral. E que transmitem aquele tipo de entusiasmo gostoso pela vida.

Mas, como você bem sabe, a dura realidade é que, mesmo desejando de estar sempre perto de pessoas assim, mesmo você querendo estar na companhia de pessoas otimistas, nem sempre as encontramos com facilidade. Não é mesmo? Você até há de concordar que, nos dias atuais, tem parecido predominar, cada vez mais, aquele tipo de personalidade costumeiramente conhecida como: ‘Hienas Hardy’.

Talvez você seja bem jovem e não tenha acompanhado um desenho animado muito interessante que passava na TV, nos anos 80. Lippy & Hardy era o nome dessa série, criada pela dupla de cartunistas americanos William Hanna e Joseph Barbera. O famoso desenho tinha como personagens principais o entusiasta leão Lippy e a pessimista hiena Hardy.

Sabe o que era mais curioso nesse desenho? Era ver a clássica cena em que um empolgado Lippy começava a contar para Hardy seus planos, muitas vezes até mirabolantes, e o que acontecia em seguida? A hiena, como de costume, sempre jogava uma ducha de água fria nos planos – e no entusiasmo do velho Lippy: “Eu sei que não vai dar certo… Oh, dia, oh, céus, oh, azar…”, lamentava, com uma voz choramingando, Hardy.

Responda-me honestamente: será que, por acaso, você conhece alguém que age dessa forma? Alguém tão emocionalmente negativo e usualmente pessimista, que vive se sabotando? E, também, puxando o outro para baixo?

Você, por acaso, já se deparou com alguém assim? Já conviveu com alguém assim? Se ainda não, então se considere um sortudo. Meus parabéns!

Sobre esse fato, há algumas semanas, um grande amigo me disse algo bem curioso. Disse que era impossível encerrar a nossa passagem pela terra sem, em algum momento, nos deparar com algumas ‘hienas Hardy’ em nosso caminho. Talvez ele esteja certo quanto a sua observação. Aliás, você pode até estar querendo me perguntar nesse momento: “Mas, Gilson, como faço para reconhecer uma pessoa como a hiena Hardy? Por acaso ele (a) possui alguma característica marcante?”.

Para lhe ser bastante sincero, sim. Esse tipo de pessoa exala mau humor, pessimismo e amargura. A propósito, o tempo até parece estar sempre nublado no coração e na alma de alguém assim. Ainda como se não bastasse, essas pessoas também adoram fazer desavença por onde passam. Agora sabe o que é mais curioso? É que, costumeiramente, se portam como vítimas. Isso mesmo. Portam-se como “coitadinhas”.

É duro ter que admitir, mas existem muitas pessoas que agem dessa maneira. Com esse espírito derrotista, contagiando a todos (e a tudo) com o seu mau humor. Igualzinho à ranzinza hiena Hardy dos desenhos. Chegam até mesmo a usar chavões do tipo: “Oh como eu sou azarado. Tudo sempre acontece comigo!” “Oh que vida cruel!” “Minha vida é uma lástima” “Ninguém me ama. Ninguém me valoriza” “Coitadinho de mim. Até parece que ninguém gosta da minha companhia”.

Esse tipo de gente ainda se saboreia ao apontar o dedo para o outro e dizer: “Como você é incompetente”; “você faz tudo errado”; “tá vendo… eu sempre soube que você não iria conseguir”; “se conforma, você não passa de um perdedor”; “as pessoas não prestam, por isso eu não confio em ninguém. Prefiro viver só”; “ah, eu sempre soube: as pessoas são falsas; e o pior, tem duas caras”.

Muito negativismo. Correto? O professor da Universidade da Transilvânia, Martin Seligman, constatou (algo que já vem sendo defendido há décadas por filósofos e pensadores de todos os campos da psicologia), que pessoas com hábitos de pensar pessimistas são capazes de transformar simples contratempos em tragédias. Ainda de acordo com esse brilhante pesquisador, que há mais de três décadas vem contribuindo significativamente na área de Psicologia Positiva, “Literalmente, centenas de estudos demonstram que os pessimistas desistem com mais facilidade e ficam deprimidos com mais frequência”.

“Eu sei que não vai dar certo… Oh, dia, oh, céus, oh, azar…”. Quer uma dica? Busque se possível, evitar as ‘hienas Hardy’ dos dias atuais. Ou seja, esquive-se o quanto possa do contágio de pessoas negativas e, emocionalmente perturbadoras.

Aqui vale um alerta triplo: 1) Nós, seres humanos, somos extremamente suscetíveis às emoções – quaisquer emoções; 2) Estados emocionais são tão contagiosos quanto as doenças transmissíveis que vemos circular por ai; 3) As emoções negativas contagiam, muito mais rapidamente, que as positivas. E você até já deve ter constatado isso!

Agora, quer uma dica preciosa? Faça também a sua autoanálise. Pare por um minuto e verifique se você próprio não tem sido, ao longo do tempo, uma atuante ‘hiena Hardy’ na vida das pessoas a sua volta. Se esse for o seu caso, sugiro que comece urgentemente a encarar as coisas de maneira muito mais positiva e desafiadora em sua vida.

“E como se faz isso?”, você se pergunta!

Sugiro que comece por cultivar o bom hábito da leitura. Ah, mas procure sempre ler livros mais inspiradores e que te façam crescer. (As livrarias e bibliotecas estão repletas deles); passe também a selecionar melhor os filmes e programas de TV que assiste. Priorize aqueles que te acrescentem algo. E, como não poderia ser diferente, comece a buscar por melhores – e mais positivas – companhias. Até porque, estudiosos falam que somos a média das cinco pessoas com quem passamos mais tempo. “A vida das pessoas é um reflexo direto da expectativa do seu grupo de convivência. Se seu grupo de convivência não espera muito, você também não esperará muito”, observou, acertadamente, o grande coach e guru motivacional, Anthony Robbins.

Pois bem. Tomando essas três simples, mas, poderosas providencias, é muito provável que, logo-logo, você comece a se sentir mais otimista e com muito mais vigor pela vida. Afinal, como bem escreveu Seligman, no livro Aprenda a ser otimista, “Os otimistas contraem menos doenças infecciosas do que os pessimistas. Os otimistas têm melhores hábitos de saúde do que os pessimistas. O nosso sistema imunológico pode funcionar melhor se formos otimistas. Há evidências de que os otimistas vivem mais do que os pessimistas”.

Para finalizar, me deixe frisar mais um aspecto de grande importância: não pense que as pessoas otimistas, e de bem com a vida, não têm problemas para administrar. Longe disso. Todos também têm seus ‘fardos’ para carregar, suas ‘cargas’ para levantar e seus ‘desafios’ para superar. A única diferença delas para as famosas ‘hienas Hardy’, é que elas escolheram progredir e lutar – ao invés de simplesmente se lamentar.

Desejo, sinceramente, que você seja um portador de luz e uma força para o bem! Afinal, o mundo necessita cada vez mais de pessoas assim!

Um grande abraço,

Gilson Lira

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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