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A Suprema Corte do estado australiano de Queensland concedeu à jovem Ayla Cresswell, de 25 anos, o direito de usar o esperma de seu namorado, Joshua Davies, morto em agosto de 2016.
De acordo com a decisão da juíza Susan Brown, os depoimentos lhe deram confiança de que o bebê será “amado e cuidado”, informa a Australian Associated Press.
Ayla e Joshua mantinham um relacionamento de três anos quando o jovem se suicidou, apesar dos planos do casal de se casarem e construírem uma família. Após a trágica morte, Ayla, com apoio da família de Joshua, conseguiu uma ordem judicial de urgência para a coleta de esperma. Desde então, ela paga pelo armazenamento do material numa clínica.
Na decisão, a magistrada ressalta que a forma como o esperma foi colhido o torna apto a ser utilizado em tratamentos de reprodução e que os médicos realizaram a coleta em nome de Ayla, que, portanto, é dona das células reprodutivas. A juíza também destacou o desejo de Joshua de ter filhos com Ayla.
“Existem evidências claras de que Joshua Davies expressou seu desejo de ter filhos”, disse Susan, durante o julgamento. Enquanto a família e os amigos de Joshua Davies acreditam que ele apoiaria a decisão da senhora Cresswell, isso é baseado no seu desejo expresso com a premissa que os dois estivessem vivos.
Apesar da ressalva, a magistrada concluiu que não existem evidências de que Joshua teria objeções ao uso do seu esperma por Ayla, e se disse satisfeita pela decisão da jovem Ayla não ser uma “resposta irracional ao luto”.
“Eu estou satisfeita. Qualquer criança que venha a ser concebida como resultado do uso do esperma de Joshua Davies será amada, cuidada e receberá apoio financeiro e emocional, não apenas da senhora Cresswell, mas de toda a família”, disse a magistrada.
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