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Bronzeamento natural traz riscos para saúde

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publicado em 02/01/2018 às 13h51
atualizado em 02/01/2018 às 11h18
Dayse Euzébio

Com a chegada do verão é normal aumentar os cuidados com o corpo e a busca pelo bronze. Para isso, muitas pessoas acabam se expondo ao sol de maneira errada. Especialistas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alertam para os perigos ofertados pelo bronzeamento natural, prática que tem se popularizado até em clínicas de estética.
“O sol é importante para nossa saúde, pois ativa a metabolização da Vitamina D, importante para manter uma boa reserva de cálcio para o organismo, por exemplo. O grande segredo é saber aproveitar os benefícios, com os devidos cuidados”, explica a dermatologista da Rede Municipal de Saúde, Paloma Lobo.

A prática de tomar sol, seja na praia, na piscina ou em clínicas de estética, pode ser considerada algo simples, mas requer bastante atenção para não exagerar e fazer mal para saúde e alguns detalhes fazem a diferença, como orienta a dermatologista.

“O uso do filtro solar no verão é muito importante e deve ser aplicado diariamente com proteção solar FPS 30, ou superior, pelo menos 30 minutos antes da exposição ao sol e reaplicado a cada duas horas”, disse a médica.

Outro alerta da especialista é para que as pessoas evitem a exposição solar entre às 10h e 16h, pois é o momento em que a radiação está mais forte. Além disso, ela recomenda o uso do chapéu e roupas de algodão nas atividades ao ar livre, pois eles bloqueiam a maior parte da radiação.

“As barracas usadas na praia devem ser feitas de algodão ou lona que absorvam a radiação e o uso dos óculos de sol previne cataratas e outras lesões nos olhos”, orienta a médica.

Riscos do bronzeamento

Um dos procedimentos que tem se popularizado recentemente é o bronzeamento natural que clínicas especializadas e de estética têm oferecido. Mas o procedimento mesmo sendo chamado de natural pode acarretar danos e, de acordo com Paloma Lobo, não é recomendado pelos dermatologistas.

“Esse procedimento é realizado através da exposição direta ao sol, com produtos aceleradores do bronzeamento a base de parafina, que podem causar insolação, desidratação, queimaduras e até mesmo câncer de pele. A queimadura solar pode causar envelhecimento cutâneo precoce e câncer de pele no futuro”, explicou a médica.

Paloma Lobo lembrou ainda que as queimaduras provocadas pelo procedimento aumentam em 50% os riscos de melanoma, que é o tipo mais grave de câncer de pele com metástase. “O procedimento também usa fitas adesivas, para fazer a tão sonhada marquinha perfeita e esparadrapos que podem facilmente causar dermatite de contato alérgica ou irritativa primária por micro traumas na hora de retirar”, alerta a profissional.

Hidratação 

As temperaturas mais quentes exigem hidratação redobrada e cuidados antes e após a exposição ao sol. Por isso, é recomendado o uso de hidratantes diariamente, que ajudam a manter a água na pele. Também é importante aumentar a ingestão de líquidos no verão e abusar da água, sucos de frutas e da água de coco. Além disso, no banho recomenda-se a temperatura da água fria ou morna e o uso de sabonetes compatíveis com o tipo de pele.

A dermatologista Paloma Lobo orienta também para o cuidado com a pele de crianças e idosos. “Em crianças, deve-se usar filtro solar a partir dos seis meses de idade e criar o hábito do uso diário do protetor tanto para crianças quanto para adolescentes. Já os mais velhos devem intensificar a hidratação da pele e consultar-se com o dermatologista pelo menos uma vez por ano”, explica.

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