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PROTESTO

Aspol denuncia assédio e ‘atuação de araque’

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publicado em 04/07/2017 às 10h30
atualizado em 04/07/2017 às 08h59

A Associação dos Policiais Civis de Carreira da Paraíba  (Aspol-PB)  realizará, nesta quarta-feira (5), um protesto em frente à Delegacia de Pombal contra casos de supostos assédios, perseguições e transferências não fundamentadas que , segundo presidente da associação, Suana Melo, estão acontecendo com os investigadores criminais no Sertão do Estado. O ato acontece às 9h da manhã, em frente à Delegacia de Pombal.

Para a presidente, os atos podem configurar perseguição de servidores e prática de assédio moral, pois foram tomados após notificações feitas. “Esses casos aconteceram depois que a Associação constatou a ausência de delegado plantonista na cidade de Pombal, assim como encaminhou à Delegacia Geral de Polícia Civil denúncias sobre a atuação de ‘araque de polícia’ na região de Sousa e uso de viaturas para uso particular entre os estados da Paraíba e Pernambuco”, disse.

Outro aspecto que poderia ser configurado assédio seria Portaria nº 319 da Delegacia Geral da Polícia Civil, datada de 26 de junho. “São transferências de quatro integrantes de uma mesma equipe de investigadores, realizadas sem qualquer explicação ou justificativa plausível, que consideramos retaliação e um claro desrespeito a nossa Lei Orgânica. Ainda há o agravante de que dois desses servidores estão em gozo de férias”, completou Suana.

Ausência de delegados

Conforme presidente, nos dias 11 e 12 de maio deste ano a Aspol realizou visitas a unidades policiais no Sertão do Estado e foi constatado, na Delegacia de Pombal, a ausência de autoridade policial para confecção de procedimento de flagrante, após prisões efetuadas pelos investigadores na cidade.

“A autoridade policial escalada para o plantão não estava presente (…) Somente após comunicação do abandono da unidade policial ao delegado geral, João Alves de Albuquerque, o delegado seccional, por telefone, determinou que outra autoridade policial se deslocasse à cidade de Pombal para confecção dos flagrantes”, explicou Suana.

Denúncia de perseguição

Segundo denúncia, após a visita da ASPOL, o delegado Sylvio Rabelo realizou reuniões com a equipe de investigadores, onde era questionado qual dos policiais havia denunciado a ausência de delegados no plantão para a Associação. “Esse tipo de postura não é profissional. Inquirir os policiais dessa forma, inclusive prejudicando-os financeiramente e desestabilizando a vida emocional e profissional, mostra que tipo de gestão os policiais civis estão enfrentando” ressaltou Suana, destacando que não houve denúncia, apenas uma visita de rotina.

“O gestor está mais preocupado em saber quem apontou suas falhas do que em resolvê-las. Essas transferências contrariam trabalhos executados pelos investigadores na cidade de Pombal e cidades circunvizinhas”, completou o vice presidente Valdeci Feliciano, que destaca que outras  denúncias podem ser realizadas através da ouvidoria no site da Aspol.

A diretoria da ASPOL  comunica que Assessoria Jurídica da ASPOL está agindo para reverter esses atos. “Atitudes parciais, protecionistas e corporativistas, no mau sentido, só prejudicam a imagem da Polícia Civil, que deveria valorizar a meritocracia e os resultados obtidos por aqueles que executam as atividades de investigação para o bem da sociedade e repressão qualificada da violência”, finalizou.

MaisPB com Aspol

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