João Pessoa, 04 de novembro de 2016 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dedica a sexta (4) e a próxima segunda (7) para se reunir com as bancadas do PT na Câmara dos Deputados e no Senado. Com os encontros, ele pretende tentar frear a possível “debandada” dos parlamentares da legenda, como prevê informações de bastidores. A preocupação do líder-mor da sigla, segundo a coluna Painel da Folha de São Paulo, é de “agir como um ímã” para evitar que o PT acabe se “esfarelando” mais à frente.
A legenda, antes considerada a maior de esquerda no país, tem perdido a força após investigações da Operação Lava Jato começarem a atingir nomes como o de Lula. Outro fator que corrobora a desestruturação do partido é o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Além disso, o resultado das eleições municipais tem endossado o enfraquecimento.
A direção nacional do PT e outras lideranças da sigla têm se articulado entre os petistas para que a fragilização não seja ampliada e reflita na redução do número de parlamentares nas bancadas atuais e em 2018. Petistas próximos de Lula acreditam que a discussão sobre a sucessão deve ser ainda mais interna para não fragilizar o partido. “Neste momento de fragilidade, se o partido ficar parado, a tendência é que haja dispersão”, sustentou um deputado, em reserva.
Com esse contexto, o partido está dividido. Enquanto um grupo se preocupa com a capacidade eleitoral do PT, que perdeu as eleições deste ano em diversas cidades por influência das investigações da Lava Jato, outro defende uma “refundação” da legenda como oposição e resgatando bandeiras históricas.
IG
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