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China acusa Pentágono de exagerar e diz que reforma militar é pacífica

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publicado em 15/05/2016 às 07h36

O Ministério da Defesa da China acusou os Estados Unidos de exagerar em um relatório anual do Pentágono sobre o gigante asiático e defendeu que a reforma de seu Exército anunciada no ano passado tem fins pacíficos, de acordo com informações da agência de notícias EFE.

Em declarações reproduzidas hoje pelos veículos de comunicação oficiais, o porta-voz de Defesa chinês Yang Yujun expressou o “descontentamento” que gerou no país um documento que, segundo sua opinião, interpreta mal o desenvolvimento militar da segunda maior economia mundial.

Em seu relatório, apresentado na sexta-feira passada, o Pentágono alertou que a modernização do Exército de Libertação Popular (ELP) chinês “tem o potencial de produzir uma capacidade (militar) que reduza as vantagens tecnológicas militares dos Estados Unidos”.

O porta-voz chinês acusou o Departamento de Defesa americano de exagerar uma potencial “ameaça militar chinesa”, depois que o presidente do país, Xi Jinping, anunciou em setembro do ano passado uma ambiciosa reforma para modernizar o ELP e reduzir seu pessoal em 300.000 homens, para deixá-la em 2 milhões.

O Ministério de Defesa chinês assegurou que esta reforma, que também coloca fim das atividades não estritamente militares do ELP e espera-se que termine em 2020, não afetará a natureza “defensiva” de suas políticas.

O relatório do Pentágono também indica que a China está disposta a utilizar “táticas ao limite do conflito” e levar a tensão a altas cotas, especialmente em suas disputas marítimas no mar da China Meridional – contra Filipinas, Malásia e Vietnã – ou no mar da China Oriental – contra Japão.

As disputas sobre a soberania de vários arquipélagos situados nessas áreas se recrudesceram nos últimos anos, nos quais a construção de instalações por parte da China que, segundo Pequim, têm fins civis e, segundo Washington, militares.

Yang afirmou que são os EUA que enviaram aviões e navios de guerra para o mar da China Meridional, provocando uma “militarização” que, na sua opinião, tem objetivos “hegemônicos”.

A China é o segundo país que mais gasta em Defesa do mundo, atrás dos EUA, e seu orçamento militar para este ano é de cerca de um trilhão de iuanes (pouco menos de US$ 150 bilhões), quase uma quarta parte dos US$ 585 bilhões que destina a potência americana a este campo.

G1

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