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Ex-senador Gim Argello deve ser ouvido pela polícia nesta segunda

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publicado em 25/04/2016 às 11h49
Gim Argello, ex-senador pelo PTB (Foto: Giuliano Gomes Roman)

O ex-senador Gim Argello (PTB-DF) deve prestar depoimento à Polícia Federal (PF) às 14h desta segunda-feira (25). A informação é da PF. É a primeira vez que ele é ouvido desde sua prisão, em 12 de abril. O político foi preso preventivamente, por tempo indeterminado, na 28ª fase da Operação Lava Jato.

A 28ª fase, deflagrada em 12 de abril e batizada de “Vitória de Pirro”, investiga a cobrança de propinas para evitar a convocação de empreiteiros em Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) sobre a Petrobras, entre 2014 e 2015.

Gim, à época, era membro da CPI no Senado e vice-presidente da Comissão Parlamentar Mista (CPMI), da Câmara e do Senado. Ele foi senador entre 2007 e 2015. O nome da operação significa uma vitória obtida a alto custo.

Conforme os investigadores, o nome de Gim Argello apareceu nas delações do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS) e do dono da UTC, Ricardo Pessoa.

O Ministério Público Federal (MPF) diz que há evidências de que o ex-senador pediu R$ 5 milhões em propina para a empreiteira UTC Engenharia e R$ 350 mil para a OAS. As duas empresas são investigadas na Lava Jato.

Os recursos foram enviados a partidos indicados por Gim – DEM, PR, PMN e PRTB – na forma de doações de campanha. O procurador Carlos Lima afirmou que o esquema de travestir propinas em forma de doações aparentemente legais “já existe e há muito tempo”.

Os investigadores dizem ainda que não há indícios de que os partidos beneficiados sabiam das negociações e da origem ilícita dos recursos. As siglas, juntamente com o PTB, formaram em 2014 a coligação “União e Força”, pela qual Gim Argello era candidato a novo mandato de senador pelo DF.

Outros presos
Na 28ª fase da operação, também foram presos o assessor de Gim, Paulo Cesar Roxo Ramos, e o ex-secretário-geral da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Valério Neves Campos. Eles tinham papel fundamental no esquema, de acordo com o MPF.

“Ambos atuavam como operadores de Gim Argello na negociação e no recebimento de propinas dissimuladas que foram pagas pela UTC. No caso, os representantes deslocaram-se, por diversas vezes, de Brasília para São Paulo, para fazer reuniões na sede da UTC com o fim de apontar a forma pela qual a propina destinada a Gim deveria ser paga”, disseram os procuradores em documento que fundamentou a 28ª fase.

Paulo e Valério foram liberados no dia 15 de abril. Segundo os advogados, ambos afirmaram em seus depoimentos que são inocentes de quaisquer crimes apontados contra eles. Ao decidir liberá-los, Sérgio Moro, juiz responsável pelos processos da Lava Jato em 1ª instância, afirmou que ambos podem voltar a ser ouvidos “em curto prazo”.

G1

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