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Polícia Federal ocupa sítio frequentado por Lula em Atibaia

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publicado em 04/03/2016 às 10h41
Polícia Federal faz operação em sítio frequentado por Lula em Atibaia (Foto: Reprodução/ TV Vanguarda)

Agentes da Polícia Federal cumprem na manhã desta sexta-feira (4) dois mandados de busca e apreensão e um de condução coercitiva no sítio frequentado pelo ex-presidente Lula em Atibaia, no interior de São Paulo. Os mandados fazem parte da 24ª fase da Operação Lava Jato, que investiga um esquema bilionário de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Os procuradores de Justiça apuram se Lula omitiu às autoridades ser o dono do sítio frequentado por ele e familiares no interior de São Paulo. A suspeita é que obras feitas no sítio tenham sido bancadas pelo empresário José Carlos Bumlai e pela empreiteira OAS. Tanto a construtora quanto o pecuarista amigo de Lula são investigados pela Polícia Federal na Operação Lava Jato.

Os agentes da Polícia Federal estão desde o início da manhã no sítio em Atibaia e permaneciam no local até as 9h55. São pelo menos seis veículos da Polícia Federal e Receita Federal que estão no local.

Segundo a Polícia Federal (PF), a operação ocorre na casa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em São Bernardo do Campo, e em outros pontos em São Paulo, no Rio de Janeiro e na Bahia. O Instituto Lula também é alvo da ação PF. Em São Paulo, os municípios em que a operação é realizada são: São Paulo, São Bernardo do Campo, Atibaia, Guarujá, Diadema, Santo André e Manduri.

Aletheia
A ação foi batizada de “Aletheia” e é uma referência a uma expressão grega que significa “busca da verdade”.

O ex-presidente é alvo de um dos mandados de condução coercitiva e será obrigado a prestar esclarecimentos, segundo a Polícia Federal.

O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, também é alvo de outro mandado de condução.

Ao todo, foram expedidos 44 mandados judiciais, sendo 33 de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva – quando a pessoa é obrigada a prestar depoimento. Duzentos policiais federais e 30 auditores da Receita Federal.

Investigações
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), a ação foi deflagrada para aprofundar a investigação de possíveis crimes de corrupção e lavagem de dinheiro oriundo de desvios da Petrobras, praticados por meio de pagamentos dissimulados feitos por José Carlos Bumlai e pelas construtoras OAS e Odebrecht ao Lula e pessoas associadas.

Há evidências de que o ex-presidente recebeu valores oriundos do esquema descoberto na Petrobras por meio de um apartamento triplex do Condomínio Solaris, no Guarujá (SP).

O avanço das investigações revelou evidências de que o ex-presidente recebeu, em 2014, pelo menos, R$ 1 milhão sem aparente justificativa econômica lícita da OAS para reformas e móveis de luxo.

Existe a suspeita também de que Lula tenha sido beneficiado com obras no sítio em Atibaia e com a armazenagem de bens por transportadora.

Ainda são apurados pagamentos ao ex-presidente, feitos por empresas investigadas na Lava Jato, a título de supostas doações e palestras.

STF
No dia 29 de fevereiro, o procurador da República Deltan Dallagnol enviou uma manifestação à ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), defendendo que uma investigação em curso sobre propriedades atribuídas ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seja mantida dentro da Operação Lava Jato, a cargo do Ministério Público Federal no Paraná.

Coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, Dallagnol destacou que possíveis vantagens supostamente recebidas por Lula de empreiteiras teriam sido repassadas durante o mandato presidencial do petista.

23ª fase
A 23ª fase, batizada de Acarajé, foi deflagrada no dia 22 de fevereiro e prendeu o marqueteiro do Partido dos Trabalhadores (PT) João Santana, além de mulher dele Monica Moura. Os dois são suspeitos de receber US$ 7,5 milhões em conta secreta no exterior.

Ele é publicitário e foi marqueteiro das campanhas da presidente Dilma Rousseff (PT) e da campanha da reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2006.

Acarajé era o nome usado pelos suspeitos para se referirem ao dinheiro irregular. A PF suspeita que os recursos tenham origem no esquema de corrupção na Petrobras. Uma das principais linhas de investigação são os repasses feitos pela Odebrecht ao marqueteiro.

G1

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