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Corpo de 2ª vítima de barragem foi encontrado a 100km do local do acidente

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publicado em 06/11/2015 às 15h05
atualizado em 06/11/2015 às 12h06

Na coletiva desta tarde, o diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, disse que entre os 13 desaparecidos, 12 são funcionários de empresas terceirizadas que trabalhavam na barragem de Fundão, que se rompeu por volta das 15h deste quinta. Em seguida, barragem de Santarém também cedeu.

Segundo Vescovi, Fundão estava com 55 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério. Ele afirmou que as barragens eram monitoradas e que o material não é tóxico.

Ele repetiu que ainda é cedo para especular sobre as causas do acidente e para mensurar a extensão do ocorrido – o que já havia dito no comunicado divulgado pela empresa na noite de quinta. (Veja no vídeo abaixo)

As barragens de Fundão e Santarém estão localizadas na unidade industrial de Germano, localizada entre os municípios de Mariana e Ouro Preto – a cerca de 100 km de Belo Horizonte.

Tremor
O engenheiro civil Germano Silva Lopes, que coordena o plano de ações emergenciais na Samarco, disse que por volta das 14h desta quinta-feira foi sentido um tremor de terra e que, imediatamente, uma equipe verificou a barragem de Fundão.

Segundo ele, na ocaisão não foi constatado nenhum problema. Depois de algum tempo, começou a ruptura das estruturas.

Segundo o diretor-presidente da Samarco, as operações da mina de Germano estão completamente suspensas onde ficava a barragem de Fundão. A prioridade é o atendimento às vítimas, afirmou.

Um vídeo mostra o desespero de moradores pouco depois do rompimento da barragem e a lama a avançando sobre o vilarejo.

Fiscalização

Segundo a Polícia Militar de Meio Ambiente, a mineradora foi fiscalizada há dois anos e nenhum problema foi encontrado na barragem.

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e de Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais(Semad) criou um comitê de crise para cuidar do acidente e uma equipe de emergência foi enviada para o local para avaliar a situação.

De acordo com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), órgão responsável pela fiscalização de barragens de rejeitos, a barragem de Fundão é considerada de baixo risco, e o rejeito de minério, inofensivo para a saúde.

Ministério Público
Representantes do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais do Ministério Público Estadual de Minas Gerais estão em Bento Rodrigues e será instaurado um inquérito civil para apurar as causas do rompimento da barragem, afirmou o promotor de Justiça do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto.

Segundo o promotor, a partir desta sexta-feira, o MP pretende levantar e identificar as causas do acidente e propor uma ação contra os responsáveis. Ele afirmou que nenhuma barragem se rompe por acaso, mas ressaltou que é prematuro dizer qual é a causa.

G1

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