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Cunha diz ser ‘totalmente contra’ a volta da CPMF

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publicado em 29/08/2015 às 14h36
atualizado em 29/08/2015 às 14h56
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha

O presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), afirmou neste sábado (29), por meio de sua conta pessoal no microblog Twitter, que é “totalmente contra” a eventual recriação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Ele voltou a dizer que, neste momento de recessão, “não é a melhor solução” para o país tentar resolver problemas de caixa com aumento de tributos.

Nos últimos dias, o governo federal passou a discutir com aliados a possibilidade de apresentar ao Congresso Nacional uma proposta para voltar a tributar as transações bancárias. Criada em 1997 pelo governo Fernando Henrique Cardoso, a CPMF acabou extinta pelo Legislativo em 2007, já no segundo mandato de Lula à frente do Palácio do Planalto.

“Como já disse essa semana, sou totalmente contra a volta do CPMF. Enquanto deputado, ressalto meu posicionamento totalmente contrário a essa matéria. Nesse momento de recessão, tentar resolver problemas de caixa com aumento de imposto com certeza não é a melhor solução”, escreveu o presidente da Câmara na rede social.

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no entanto, defendeu neste sábado, durante um seminário em São Bernardo do Campo (SP), o retorno da CPMF. Diante do ex-presidente do Uruguai José “Pepe” Mujica, Lula afirmou ao ministro da Saúde, Arthur Chioro, que o chamado “imposto do cheque” nunca deveria ter sido extinto.

“Não sei se é verdade que [Chioro] defendeu a CPMF. Mas a verdade é que ela não deveria ter sido retirada. Mas você deveria reivindicar para os governadores e prefeitos, porque eles precisam de dinheiro para a saúde”, disse o ex-presidente da República ao cumprimentar o ministro da Saúde no seminário internacional Participação Cidadã, Gestão Democrática e as Cidades no Século XXI, organizado pela prefeitura de São Bernardo.

A ideia do governo de criar um novo tributo para financiar a saúde nos moldes da extinta CPMF enfrenta resistência na Câmara e no Senado. Deputados da base aliada e da oposição divergem sobre a proposta e falta consenso até mesmo dentro do PT.

Além da impopularidade da criação de um novo tributo, a fragilidade da base aliada do governo Dilma Rousseff deve dificultar a tramitação da proposta, se, de fato, for enviada ao Congresso Nacional.

Na última quinta (27), dia em que veio à tona a proposta do Palácio do Planalto de ressuscitar a CPMF, Cunha já havia dito que, na opinião dele, recriar o tributo não era uma “solução”. A possível volta do “imposto do cheque” conseguiu fazer o presidente da Câmara e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltarem a defender uma mesma pauta.

Na ocasião, Renan – que nas últimas semanas vinha ensaiando uma reaproximação com o governo – ressaltou a jornalistas que, para ele, o país não deve elevar a carga tributária em momento de crise econômica.

G1

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