João Pessoa, 19 de abril de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
Tenho um lado selvagem

Mulher testa casamento aberto dormindo com 12 estranhos

Comentários: 0
publicado em 19/04/2015 às 11h49
atualizado em 19/04/2015 às 08h50

“Sou uma mulher de 44 anos atraente e educada, em um casamento aberto, que procura homens solteiros de 35 a 50 anos que possam ajudar a explorar minha sexualidade. Você deve ser confiável, inteligente e com habilidade para conversar, bem como na cama”. Ao publicar esse anúncio em um site de relacionamentos, a jornalista americana Robin Rinaldi deu início a uma jornada de descobertas sexuais. Ela descreve a experiência de um ano — período em que dormiu com 12 estranhos, sendo dez homens e duas mulheres — no livro “The wild oats project”, recém-lançado em inglês, ainda sem tradução para o português.

— O experimento me mostrou que tenho um lado selvagem e menos inibido. Ele me mostrou que eu poderia agir com ousadia, em vez de medo. Isso me fez perceber que eu não estava apenas à procura de sexo, mas de conexão, de intimidade. E o mais importante: que eu estava pedindo demais do meu casamento: paixão, segurança e um propósito. Hoje, não espero mais tudo isso de uma relação — avalia Robin, por e-mail, seis anos após o experimento erótico.

A ideia surgiu quando o parceiro da escritora há 18 anos fez uma vasectomia. Ao perceber que sua vontade de ser mãe iria para o espaço, ela estourou: “Me recuso a ir para o túmulo sem filhos e com apenas quatro amantes na conta”, comunicou ao marido, propondo a relação aberta. Depois que Scott (nome fictício) aceitou, Robin, uma bem-sucedida jornalista freelancer que já escreveu para o “The New York Times”, alugou um apartamento para passar a semana. Mas, nos fins de semana, ela voltava para o marido. Ambos podiam fazer sexo com quem bem entendessem, mas havia regras: usar sempre camisinha, não dormir com amigos em comum e não ter mais de três encontros com a mesma pessoa. Os dois quebraram algumas regras.

Durante seis meses, Scott se encontrou com a mesma mulher, sem usar preservativo. Ao descobrir, Robin ficou arrasada.
— Foi o pior momento da minha vida — conta ela, que, naquele momento, percebeu que ainda não tinha dominado seu ciúme. — Durante a maior parte do projeto, o ciúme se dissipou. Não passava muito tempo pensando sobre o que o meu marido estava fazendo, porque estava concentrada em minhas próprias aventuras. Mas, quando descobri que ele estava saindo com alguém exclusivamente, me descontrolei.
Robin e o marido decidiram se separar, amigavelmente, após o projeto. Hoje, ambos estão em relacionamentos felizes: ela, com um dos homens que conheceu durante seu “ano selvagem” — que analisa como uma fase de transição.
— Eu precisava daquilo naquele momento, não apenas como mulher, mas para crescer. Mas a longo prazo a monogamia funciona melhor para mim — afirma a jornalista , que crê que a liberdade para pular a cerca funciona para muitos casais. — Algumas das relações mais fortes e maduras que conheço admitem escapadelas ocasionais.

O Globo

Leia Também