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Jornalista desde 2007 pela UFPB. Filho de Marizópolis, Sertão da Paraíba. Colunista, apresentador de rádio e TV. Contato com a Coluna: [email protected]

Silêncio que fala

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publicado em 26/12/2011 às 07h17

Oito em cada dez deputados da base governista reclamam do tratamento dispensado pelo núcleo central do governo ou simplesmente revidam a ‘desatenção’ em forma de silêncio aos ataques diários da diligente oposição.

O esquive da caravana aliada no plenário ou nos meios de comunicação precisa ser analisado sob a ótica do pragmatismo. Em alguns casos há mesmo excesso de rigor da articulação governamental e conseqüente desprestígio aos parceiros de primeira hora.

À exceção dessas falhas de diálogo, o entrave no estreitamento das relações governo e base se deve a uma clara ruptura. O governador não abre mão do controle de setores essenciais, como saúde, área fazedora de votos na nossa política assistencialista.

O processo de indicação e nomeação passou a sofrer filtragem e depuração mais rigorosa, critério que invariavelmente desagrada o ímpeto da classe política habituada a aparelhar a máquina estatal empurrando sem pena aliados e apadrinhados.

Do ponto de vista prático, essa nova postura desagrada, provoca dissabores e insatisfações que refletem diretamente na imagem da gestão, órfã de vozes solidárias no parlamento e na mídia, desaguadouros da artilharia oposicionista.

Paradoxalmente, no aspecto da convivência política, o que é encarado como deficiência do governo, na seara coletiva entra na contabilidade de avanço traduzido pela iminente anemia da vampiresca barganha. Perdem os políticos, ganha o povo.

Bastidores…
No dia que o vereador Geraldo Amorim (PDT) discursou sozinho, Raíssa Lacerda (PSD) passou mal e teve que ser socorrida às pressas pelos poucos colegas em plenário.

De um susto
Pelos sintomas, os vereadores suspeitaram logo de AVC. Após o atendimento no Hospital da Unimed, a equipe médica diagnosticou uma hipoglicemia. Nada mais grave.

Passando na cara
O vereador Fernando Milanez (PMDB) assumiu o comando do Bope maranhista e foi na veia: “Maranhão deu a Manoel Júnior a candidatura a prefeito. Ele cedeu pra Ricardo e aceitou ser vice. Depois, deixou o PMDB e foi pro PSB. Deixou o PSB e Maranhão acolheu de volta para dar-lhe extraordinária votação de 110 mil votos”.

Queixas e covardia
E continuou a dura exposição, em contato com a coluna. “De quê Manoel Júnior pode se queixar do PMDB? Em quê Maranhão é ditador? Ele (Manoel Júnior) quer mais o quê? Vamos acabar com essa covardia”, desabafou Milanez em tom de ácido desafio.

Nascente da discórdia
Ousado, Milanez ainda se arriscou a indicar as origens das fontes que jorram estímulo à crise interna do PMDB estadual. “São ricardistas que não podem assumir a adesão, com medo de perder mandato e bases e espalham a cizânia”. Preferiu não nominar os bois.

Natal familiar
Só familiares participaram da ceia de Natal na Granja Santana. Duas irmãs do governador Ricardo Coutinho que moram em Natal e Fortaleza compareceram à festa.

Reflexões
A festa, decorada com aparente simplicidade, começou por volta das 22h com a reflexão de uma oração silenciosa. Logo em seguida, todos rezaram em coro o “Pai Nosso”.

Troca de presentes
Antes do jantar, a primeira-dama Pâmela Bório comandou dinâmica de entrega dos presentes depositados junto a arvore de Natal. A celebração se estendeu até meia noite.

Cegonha
A secretária-adjunta de Comunicação do Governo, Lívia Karol Araújo, festejou um Natal especial comemorando o presente da chegada de Alice, sua primeira filha.

Magistério
Até voltar à cena política com o advento da licença de Nilda Gondim (PMDB), o deputado Leonardo Gadelha estava dedicado ao ensino em duas faculdades de Brasília.

De olho em 2014
O prefeito Veneziano Vital (PMDB) vai defender junto à bancada do PMDB um rodízio de licenças que permita a manutenção do suplente Leonardo Gadelha no mandato.

Fatura
Vené nega que a licença da mãe seja o primeiro passo de um acordo pela retirada da candidatura do PSC em Campina. “Longe de nós. Isso é só gesto a um companheiro”.

Empenho
A vice-reitora da UFPB, Yara Matos, promete gastar energias em prol da candidatura da professora Lúcia Guerra à Reitoria. “Estarei na campanha dela com estandarte na mão”.

Dois de dezembro
Para Yara Matos, Lúcia tem larga experiência na gestão, produção acadêmica e identidade com a UFPB. “Ela até nasceu no dia, mês e ano da criação da Universidade”.

Só pensa naquilo
“Sonha que se sonha só, é só um sonho que se sonha. Sonho que se sonha junto é realidade”. Mensagem do senador Cícero Lucena (PSDB) já sonhando com 2012.

PINGO QUENTE “O governo tem compromisso com quem está conosco na chuva e no sol”. Do governador Ricardo Coutinho (PSB) deixando recado com endereço certo aos aliados que se fingem de mortos ou fazem corpo mole.

*Reprodução do Jornal Correio da Paraíba

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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