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Câmara da Capital discute combate à exploração sexual de menores

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publicado em 17/05/2012 às 19h52

 O ‘Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração de Crianças e Adolescentes’ foi o tema de uma audiência publica relaizada na Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP), nesta quinta-feira (17). A propositora foi da vereadora Eliza Virgínia (PSDB), que justificou a discussão enfatizando que há necessidade da sociedade se posicionar de forma mais incisiva nessa luta.

Durante seu pronunciamento, a vereadora apresentou imageens do último ‘Passeio Ciclístico’, que ela e seu pai, o ex-deputado Nivaldo Manoel, realizaram na Avenida Epitácio Pessoa. Eliza falou que os pais precisam saber do cotidiano dos filhos, além de não permitir computadores no quarto, apenas na sala da casa, para que eles possam conhecer melhor os acessos dos filhos na Internet, e prevenir contato com pedófilos na rede.

A parlamentar lembrou que conseguiu aprovar na Câmara o ‘Programa Municipal de Prevenção à Violência Contra Crianças e Adolescentes’, que institui campanhas e ações para prevenir esse tipo de violência contra os jovens. Ela ainda exaltou o trabalho dos conselheiros tutelares, que conseguem observar os principais sinais de sofrimento dos jovens, e acrescentou que o Programa preconiza a capacitação das próprias crianças para lutar contra os maus tratos.

Compuseram a mesa, além da propositora, os vereadores Raoni Mendes, que secretariou os trabalhos, e Geraldo Amorim, ambos do PDT; Lenon Jane, presidente da Associação de Conselheiros Tutelares da Paraíba; a delegada de ‘Crimes Contra a Criança e o Adolescente’, Joana D’Arc; a coordenadora do projeto ‘Vira Vida’ do Serviço Social da Indústria (Sesi), Marileide Maria Alves Souza; Pastor Diógenes; e os conselheiros tutelares Valdilene Cruz e Sérgio Lucena.

O vereador Raoni Mendes comentou que a luta contra a pedofilia e a violência contra os jovens precisa estar balizada nos pilares da valorização da família e da educação. Para ele, a sociedade vive sob valores fúteis, e a missão de valorização da família não pode parar, para se criar “uma sociedade livre da exploração de qualquer tipo, na qual a vida esteja em primeiro lugar”. O parlamentar Geraldo Amorim exaltou o empenho da vereadora na luta pela causa, e defendeu a educação em ‘Tempo Integral’ com uma das alternativas contra a violência.

A delegada Joana D’Arc lembrou que o dia alusivo à causa é 18 de maio, e fez uma breve explanação histórica sobre a data, escolhida por marcar o assassinato de uma jovem do Espírito Santos, Araceli Santos, em 1973, que foi seqüestrada e sofreu abuso sexual aos 9 anos de idade, causando comoção em todo país. “A escola e a família precisam se preparar para dar maior atenção aos jovens, para conhecer seu cotidiano e suas companhias, evitando problemas futuros. A sociedade precisa se posicionar contra a banalização dos preceitos morais”, falou a delegada.

O presidente da Associação, Lenon Jane, cobrou uma melhor estrutura para o desempenho das funções dos conselheiros tutelares, enfatizando o trabalho de prevenção para se obter melhor resultado na luta contra a violência. Ele afirmou que, há dois anos, tenta uma conversa com os gestores do Estado para discutir melhorias, mas não consegue. Lenon ainda garantiu que as escolas de ‘Tempo Integral’ não estão funcionando a contento dos estudantes, por apresentarem diversos problemas em sua execução, desde a falta de espaço físico, à falta de atividades extracurriculares de valorização dos alunos.

Marileide Souza, do Sesi, apresentou o Projeto ‘Vira Vida’, que acolhe adolescentes em situação de violência sexual encaminhadas pelos Conselhos Tutelares, que passam por um processo de ressocialização com apoio psicológico e reforço escolar, além de qualificação profissional para superar qualquer trauma advindo da violência. Ela ainda anunciou que no próximo mês de julho o projeto abrirá mais 100 vagas para novos alunos. Já o conselheiro Sérgio Lucena conclamou a população a utilizar o ‘Disk 100’ para denunciar a violência contra as crianças e os adolescentes.

A audiência foi encerrada sob as imagens e ao som de uma campanha institucional do projeto ‘Disk 100’: “Disque 100 e ajude a desvendar esse mistério. Lutarei por um Brasil sem exploração”.

Codecom CMJP

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