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COPOM

Governo Federal mantém juros mais baixos da história do país

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publicado em 16/01/2013 às 20h53

 Na primeira reunião do ano, o Copom (Comitê de Política Monetária), do Banco Central, decidiu, por unanimidade, manter em 7,25% ao ano a Selic, taxa básica de juros da economia, que serve para nortear o custo do crédito cobrado por lojas e bancos em todo o País. Trata-se do menor nível desde 1999, quando a taxa passou a ser calculada — acompanhe a evolução dos juros no quadro abaixo.

A manutenção da taxa em janeiro já era esperada pelo mercado e chegou a ser sinalizada pelo governo, de acordo com os analistas consultados pela pesquisa Focus, do BC, divulgada na última segunda-feira (14).
Esta é a terceira vez consecutiva que o Copom fixa a Selic em 7,25%: as duas últimas foram em outubro e novembro do ano passado. Em 2012, a taxa básica começou em 10,25%.

Mesmo com o nível mais baixo da história, os juros no País continuam altos e a contratação de crédito ou o parcelamento de compras nas lojas devem ser feitos em último caso.

Entenda a Selic

A taxa básica de juros é um instrumento do governo para segurar a oferta de crédito de bancos, financeiras e das próprias lojas, ou seja, para estimular ou frear o consumo e, assim, controlar o avanço natural dos preços.

Quando a Selic sobe, o dinheiro fica mais caro e a população pega menos empréstimos — para comprar desde casas, carros e eletrodomésticos até contratar serviços, entre outros. Assim, a escalada da inflação diminui.

Ela é chamada de taxa básica porque é a mais baixa da economia e funciona como um piso para a formação dos demais juros cobrados no mercado, que são influenciados também por outros fatores, como o risco de quem pegou o dinheiro emprestado não pagar a dívida.

Ela é usada nos empréstimos interbancários (entre bancos) e nas aplicações que os bancos fazem em títulos públicos federais. É a partir da Selic que as instituições financeiras definem também quanto vão pagar de juros nas aplicações dos seus clientes.

Ou seja, a taxa básica é o que os bancos pagam para pegar dinheiro no mercado e repassá-lo para empresas ou consumidores em forma de empréstimos ou financiamentos, a um custo muito mais alto. Por isso, os juros que os bancos cobram dos clientes são superiores à Selic.

As reduções da Selic provocaram uma queda nos juros cobrados pelos bancos aos consumidores e às empresas na hora de contratar empréstimos. Desde abril de 2012, as instituições financeiras vêm derrubando as taxas de operações de crédito como cheque especial, crédito consignado (descontado diretamente na folha de pagamento) e empréstimo para financiamento de veículos.

Como funciona a reunião

A reunião do Copom é dividida em duas sessões. Na primeira, que ocorreu na última terça-feira (15), os chefes de departamento do BC e o gerente-executivo de Relações com Investidores apresentaram análises sobre a inflação, nível de atividade econômica do País e evolução do mercado financeiro.

Da segunda sessão, nesta quarta-feira (16), participam só o presidente e os diretores do BC, todos com direito a voto, além do chefe do Depep (Departamento de Estudos e Pesquisas), sem voto.

Os diretores de Política Monetária e de Política Econômica analisam as projeções para a inflação e fazem recomendações para a taxa de juros de curto prazo e, em seguida todos os diretores se manifestam e apresentam eventuais propostas alternativas.

Criado em junho de 1996, o Copom tem o objetivo de estabelecer as diretrizes de política monetária e de definir a taxa de juros, nos mesmos moldes do Fed (Federal Reserve, o BC americano).

R7

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