João Pessoa, 15 de agosto de 2018 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
O governo da Itália decretou nesta quarta-feira o estado de emergência na área de Gênova, que fica no noroeste do país, onde parte da ponte Morandi veio abaixo ontem, um acidente que, até o momento, causou pelo menos 39 mortos e 16 feridos.
O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, anunciou essa decisão após a reunião extraordinária do Conselho de Ministros que o Executivo, formado pelo Movimento Cinco Estrelas (M5S, na sigla em italiano) e o partido de extrema-direita Liga (antiga Liga Norte), realizou em Gênova.
O governo italiano também decidiu destinar inicialmente um pacote de 5 milhões de euros “para cobrir as primeiras intervenções urgentes”, um número que deve ser incrementado em médio prazo para as ações de reconstrução e outras questões que, por enquanto, não são prioritárias, afirmou o primeiro-ministro.
Paralelamente, o governo decidiu começar “o procedimento para a revogação da concessão à empresa Autostrade per l’Italia”, responsável pela manutenção da ponte Morandi.
A decisão acontece depois que a companhia revelou que estava trabalhando na reforma do pavimento do viaduto, mas garantiu que os trabalhos estavam sendo supervisionados e que a ponte tinha sido submetida a todos os controles diários pertinentes.
Mesmo assim, o ministro de Infraestrutura italiano, Dario Toninelli, pediu hoje aos diretores da companhia que apresentem sua renúncia, enquanto o titular de Interior, Matteo Salvini, afirmou que os culpados assumirão suas responsabilidades.
O governo também decretará “um dia de luto nacional”, mas a data específica ainda não foi decidida.
Conte citou os últimos dados relativos ao balanço de mortos e feridos e disse que há atualmente 39 mortos, 37 deles identificados e dois que estão sendo submetidos a exame de DNA, e 16 feridos.
Agência Efe
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