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Jeová reclama da ausência de deputados e deixa Frente

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publicado em 27/08/2016 às 15h00
atualizado em 27/08/2016 às 12h02

O deputado Jeová Campos (PSB) renunciou, neste sábado (27), à presidência da Frente Parlamentar da Água instalada na Assembleia Legislativa da Paraíba. Ferrenho defensor de ações para enfrentamento à estiagem no Estado, Jeová reclamou da falta de empenho dos deputados estaduais e federais diante do grave problema que afeta todo o estado. O parlamentar ainda fez críticas à presidência da Assembleia e acusou o presidente, Adriano Galdino (PSB), de não ter dado apoio às ações da Frente.

O comunicado foi feito pelo parlamentar na Câmara de Vereadores de Cajazeiras, onde estava acontecendo uma audiência pública, denominada ‘Grito das Águas’, e pegou todos de surpresa, inclusive os deputados Renato Gadelha e Jandhuy Carneiro que estavam participando do evento.

Tanto a plateia, quanto os parlamentares, as autoridades e ainda o público que estava presente fizeram um apelo para que o parlamentar revisse sua decisão, mas, Jeová disse que era irrevogável. Jeová já havia adiantado que esperava a participação de parlamentares federais no debate, no entanto, a expectativa foi frustrada.

“Convidamos todos, a imprensa pautou o evento, fiz pronunciamentos na tribuna da ALPB, mas os parlamentares da bancada federal paraibana devem considerar essa causa de pouca importância, já que nunca apoiaram, nem se engajaram nas lutas da Frente e diante deste descaso, não me resta outra alternativa que não renunciar à presidência da Frente”, argumentou Jeová.

Para Jeová, a presidência da ALPB pouco apoiou as ações desenvolvidas pela Frente. “A participação dos representantes da bancada federal era de suma importância para dar maior impulso aos encaminhamentos do evento. Neste caso, da audiência de hoje, só estão livres de minhas críticas, os senadores paraibanos que em função do processo ‘golpista’  que se desenrola no Senado, não poderiam se fazer presentes, mas e os deputados federais, e os estaduais?”, questiona Jeová.

Ele lembra que durante os quase dois anos de ações da Frente, os parlamentares que integram o grupo não oneraram em nenhum centavo a ALPB, já que todas as despesas de viagens, inclusive, para Brasília não tiveram pagamentos extras. “Foi um trabalho de doação, onde cada um viajava em seu próprio carro, pagava as suas refeições, não recebia diárias, inclusive, na ida à Brasília”, fez questão de esclarecer o parlamentar.

O objetivo do Grito das Águas era definir ações que cobrem do governo federal celeridade na conclusão das obras da transposição, especialmente, no tocante ao abandono da obra pela Mendes Júnior e a substituição da empresa por outra construtora.

“Vou deixar para o próximo presidente definir as ações da Frente, sempre me dispondo a ajudar, mas, agora, como soldado, porque jamais abandonarei a luta do povo nordestino, especialmente, os sertanejos que sofrem não apenas com a seca, mas com o descaso de seus representantes nas câmaras, assembleias e no Congresso, com raras e gratas exceções”, finalizou o deputado. Renato Gadelha e Jandhuy Carneiro disseram, na ocasião, que não aceitam assumir a presidência da Frente.

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