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Fusão da Ambev e Miller pode ser a maior da história da cerveja

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publicado em 29/07/2016 às 14h02
atualizado em 29/07/2016 às 12h12
SABMiller Brand Photograhy 2011 Credit: Jason Alden/OneRedEye Image is copyrighted

O Conselho de Administração da cervejaria britânica SABMiller aceitou, nesta sexta-feira (29), a proposta de compra por parte da gigante AB InBev, de capital belga e brasileiro, na que se anuncia como uma das maiores fusões/aquisições da história.

O Conselho de Administração da SABMiller indicou em um comunicado que “prevê por unanimidade” recomendar aos seus acionistas que aceitem a transação, que confere à SABMiller um valor de mercado de 79 bilhões de libras (103 bilhões de dólares), segundo a agência France Presse.

A oferta de compra foi lançada no final do ano passado, mas a AB InBev aumentou a sua oferta pela rival britânica, compensando parcialmente a desvalorização da libra esterlina provocada pelo Brexit.

O valor da nova oferta, no entanto, foi inferior ao estimado pelos acionistas da SABMiller, que antes do Brexit resistiam à fusão/aquisição e avaliavam o preço da companhia em US$ 121 bilhões.
A operação já recebeu o aval das autoridades de concorrência da UE, mas também exige a autorização das instâncias antimonopólio de cerca de 15 países.

A AB InBev aceitou uma série de concessões para obter a autorização da UE, entre elas a se desfazer da maioria dos negócios da SABMiller na Europa – incluindo as marcas Foster’s e Grolsch – e de se desvincular da cervejaria japonesa Peroni.

A nova gigante de cervejas combinará as marcas Budweiser, Stella Artois e Corona, da AB InBev, com Peroni, Grolsh e Pilsner Urquell, da SABMiller, diminuindo as principais competidoras como Heineken e Carlsberg.

Ao comprar a SABMiller, a AB InBev adicionaria mercados da América Latina como Colômbia e Peru e entraria na África em um momento em que alguns de seus mercados domésticos como os

Estados Unidos estão enfraquecendo, conforme consumidores favorecem cervejas artesanais e drinks.

Bilionário brasileiro por trás do negócio

A AB InBev é parcialmente controlada pelo fundo de private equity 3G Capital, administrado por investidores brasileiros, e controla indiretamente a brasileira Ambev.

A AB Inbev tem entre os seus donos os brasileiros Jorge Paulo Lemann (homem mais rico do Brasil com fortuna estimada em mais de US$ 25 bilhões, segundo a Bloomberg), Carlos Alberto Sicupira e Marcel Herrmann Telles.

Dono do fundo 3G Capital e sócio da AB Inbev, Lemann tem feito negócios em parceria com a Berkshire Hathaway, de Warren Buffet, como a compra da Heinz e fusão da companhia com a Kraft Foods.

G1

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