Sublimidade da medicina (II)

Já disséramos antes: – este termo (medicina) não o foco, aqui, como restrito aos médicos. Não! Abrange também a vários outros profissionais… a todos quantos estejam envolvidos em uma atividade cujo objetivo final seja o de diagnosticar, tratar e prevenir doenças, buscando a que as pessoas alcancem o bem estar.

Vivenciei a experiência pós uma angioplastia e, como já previsto, de ficar em uma UTI (da Unimed) por umas vinte e quatro horas. Naquele lugar confirmei que é mesmo um lugar para onde nunca se quer ir, mas que se dá muitas graças a Deus quando se o encontra. E lá, nesse lugar, assistido por médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistentes sociais, psicólogos… em determinado instante refleti e concluí que quem está dele ausente – e sabendo que uma pessoa de sua convivência nele esteja como paciente – tem sempre a impressão de “risco de morte”. Mas, aos pacientes ali presentes, a sensação é bem contrária e é até maior que a de esperança… alcança mesmo a convicção no restabelecimento da saúde, tal o envolvimento, o acolhimento e em especial a dedicação de toda a equipe que ali está trabalhando.

Imagine-se a boa sensação que tem um paciente, como eu, no horário próprio de visitas, quando visitado por familiares (mesmo que rapidamente) ser informado que uma sua neta (Ana Cecília, de 4 anos), por ser bem criança “não vai poder entrar”. E logo em seguida, “de repente, mais que de repente”, ao final do horário da visitação, a psicóloga do plantão (Dra. Ludimila), embora há uns seis metros de distância, mas dentro do lugar e por iniciativa dela, surgir com essa neta em seus braços, acenando discretamente e como em uma comunicação labial dizer: “Seu Mário! Olhe aqui sua netinha!…”. E no sorriso e aceno da neta a expressão: “Beijo, vovô! Te amo!”. E este é só mais um exemplo da sublimidade da medicina.

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