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Gilson Lira é Master Coach e Trainer em PNL com certificações pela Sociedade Brasileira de Coaching (SBC), Sociedade Euroamericana de Coaching (SEAC) e Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL). Bacharel em Comunicação Social e pós-graduado em Marketing e Gestão de Pessoas. Coautor dos livros “PNL para Professores”, “Segredos do Sucesso – Histórias de Executivos da Alta Gestão”, “Coaching para Gestão de Pessoas” “Empreendedorismo” e “Bíblia do Coaching”. Atualmente ocupa o cargo de diretor de mercados internacionais da Embratur. [email protected]

Novo demais? Velho demais?

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publicado em 28/06/2015 às 23h50
atualizado em 29/06/2015 às 07h00

Outro dia eu estava conversando com um amigo quando ele me disse: “Se eu pudesse, voltaria a frequentar a universidade e concluiria o curso que tanto almejo”. “Mas o que te impede?” – indaguei. Ao que ele prontamente respondeu: “Gilson, já não tenho mais a mesma idade, e nem o mesmo ‘pique’ de antes”. Então, de forma descontraída, falei: “E eu nem sabia que existia uma idade certa para retornar à universidade. Muito menos o ‘pique’ ideal para isso”. Ele, meio que sem jeito e tentando justificar o que parecia injustificável, disse-me: “Meu amigo, eu já estou chegando na casa dos 40 e, como você bem sabe, passo o dia no trabalho. Quando chego em casa, no início da noite, já estou bem cansado e só penso numa coisa: descansar”. Foi então que falei: “Você está na sua melhor idade, amigo. A propósito, nunca se prenda à sua idade cronológica, até porque você tem muito a realizar, independentemente da idade que possua. E, além do mais, carrego comigo a crença de que os nossos melhores e mais produtivos dias estão à nossa frente, e nunca, atrás de nós!”

Enquanto ele me olhava e assinalava positivamente com a cabeça, completei o raciocínio: “Agora quero que me responda honestamente: se você continuar pensando e agindo assim, como acha que estará sua vida nos próximos anos? Como acha que as coisas estarão? Provavelmente bem piores que estão. Correto?”.

Neste momento, não pude deixar de perceber, pelo seu semblante, que a ‘ficha’ dele havia caído, como popularmente se diz. Finalmente, aquele meu estimado amigo de longas datas começava a se dar conta de que viver se lamentando, como costumeiramente vinha fazendo, não o levaria a lugar algum. Ele também passava a compreender que, em sua vida, nada mudaria se ele próprio não se dispusesse a mudar – se não se dispusesse a mudar a forma como vinha pensando e agindo até então!

Esse meu amigo, como a grande maioria, é uma pessoa boa e possui enorme potencial para crescer e se desenvolver. Mas, como muitos outros indivíduos, usualmente fica preso a pensamentos, comportamentos e hábitos limitantes. Aliás, chega a ser curioso observar como muitas pessoas que vivem o eterno dilema da aconchegante ‘zona de conforto’ sempre encontram razões, as mais diversas, para justificar porque não tentarão algo novo em suas vidas. E aí seguem sua existência dando diariamente (para si próprio, e para os outros), “desculpas”… por não terem tempo suficiente; por não possuírem ‘grandes estudos’ ou, até mesmo, por serem ‘novas’ demais, ou ‘velhas’ demais.

Eu não sei se você sabe, mas de acordo com os números de um relatório da consultoria Wealth X, em parceria com o banco suíço UBS, divulgado no final do ano de 2013, e que traçou o perfil do bilionário no Brasil, observou-se algo bastante curioso: a idade média entre os bilionários brasileiros é de 64 anos! Esse estudo mostra-nos, ainda, algo bem interessante, justamente, sobre a questão da formação acadêmica: quase metade dos bilionários brasileiros, ou seja, 46% não possuem diploma universitário. Já em relação à fonte da prosperidade (ou origem da riqueza) desses bilionários brasileiros, 38% dos pesquisados disseram ter conquistado – ou construído – a sua própria fortuna, sozinhos. Ou seja, sua riqueza foi edificada pelos seus próprios esforços e méritos. E o que isso significa? Significa que, com uma mescla de determinação, disciplina, coragem e, claro, algum senso de oportunidade, todos eles venceram na vida através do seu próprio suor. Em detrimento dos 32% que acumularam sua fortuna a partir de uma herança.

Vendo superficialmente os números desse relatório, podemos constatar que nunca é tarde demais para conseguir realizar tudo aquilo que se almeja na vida. Como também, não é o fato de não se possuir um diploma universitário que se justifica não querer alcançar a prosperidade e a riqueza que tanto se almeja. Dito isso, deixe-me perguntá-lo, então:

  1. Qual o mito que você carrega por não ter já conquistado o que tanto almeja?
  2. Qual o mito que possui por não já ter se tornado quem realmente deveria?
  3. Qual o mito você vem carregando, ao longo dos anos, para não estar vivendo abundantemente a vida que tanto gostaria?

“Você é tão jovem quanto a sua fé, tão velho quanto as suas dúvidas; tão jovem quanto a sua autoconfiança, tão velho quanto o seu medo; tão jovem quanto a sua esperança, tão velho quanto o seu desespero” – escreveu o pensador e autor best-seller Daniel C. Luz. Ainda segundo ele, no âmago do nosso coração há uma câmera de gravação. Enquanto ela receber mensagens de beleza, esperança, alegria e coragem, nós seremos jovens.

Portanto, amigo leitor, Carpe diem, ‘aproveite o dia’ – e busque constantemente ousar fazer coisas novas. Afinal, você não é nem novo demais; nem, muito menos, velho demais para isso!

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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