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ENTREVISTA MAISTV

Direção nacional do PSB vê ‘ingratidão’ de Ricardo e poucas chances de elegibilidade

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publicado em 03/08/2021 às 20h19
atualizado em 04/08/2021 às 05h24
Carlos Siqueira, durante entrevista a Wallison Bezerra, da Rede Mais, em Brasília

O presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, não escondeu a contrariedade com a forma que o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) está deixando a sigla, sem comunicado pessoal, e lembrou de todos os gestos de solidariedade da direção da legenda, apesar das denúncias envolvendo o ainda socialista. “Achei estranho que pudesse sequer ter nos procurado para ter a gentileza de comunicar que estaria saindo”, criticou. Em entrevista exclusiva ao programa Hora H, na Rede Mais Rádios, em Brasília, Siqueira admitiu que só soube do movimento de saída depois de uma ligação da presidente do PT, Gleisi Hoffman, e considerou remotas as condições de elegibilidade do ainda socialista para 2022.

“Nós não poderíamos ficar refém dessa situação. Ele se desentendeu com o governador João Azevêdo, perdemos o governador. Se desentendeu com o senador (Veneziano Vital), perdemos o senador. Ficamos do lado dele. Ele foi candidato de última hora a candidatura a prefeito de João Pessoa e financiamos a campanha dele, com mais de 1 milhão. Fizemos o que deveríamos fazer, se ele não é agradecido, o eleitor e seus seguidores façam o julgamento”, historiou.

“O PSB sofreu um grande baque depois da saraivada de denúncias contra Ricardo Coutinho e nós não fizemos nenhum juízo de valor. Ele cumpriu o mandato de presidente da Fundação João Mangabeira”, relembrou. “Se ele desejar sair do PSB fique inteiramente à vontade embora ele não tenha nenhuma razão para isso. Tem o direito de sair”, afirmou.

Chances remotas de elegibilidade

Além disso, o dirigente considerou que Ricardo tem poucas chances de ser candidato no pleito: “Há um recurso, mas é de remotíssima possibilidade dele se tornar elegível. A gente não pode ficar refém dessa situação porque a decisão de torná-lo elegível é muito remota”.

Demonstrando descontentamento, Carlos lembrou que o PSB apoiou Ricardo Coutinho mesmo após “saraivadas de denúncias” sem fazer nenhum juízo de valor e o manteve até o fim de mandato na Fundação João Mangabeira. Por isso, esperava a “gentileza” de ter sido pelo menos comunicado de que estaria deixando a legenda.

Missão de Gervásio é recuperar os estragos

A direção nacional aposta agora na condução do deputado federal Gervásio Maia, presidente estadual da sigla, na reconstrução partidária, apesar de considerar o quadro deixado por Coutinho como “dificílimo”.

“O partido ficou numa situação dificílima depois de tudo que aconteceu. Perdeu prefeitos, perdeu diretórios e se saiu muito mal nas eleições municipais. Foi uma campanha muito derrotada. Mas, estamos acostumados a renascer das cinzas. Vamos reorganizar o partido”, frisou.

Carlos Siqueira garantiu que a intenção do partido na Paraíba é eleger deputados federais e, diante do novo cenário, demonstrou simpatia pela reaproximação do PSB do governador João Azevêdo (Cidadania).

“Não temos problemas nenhum com o governador João Azevêdo. Temos o maior apreço pessoal por ele. Sempre me dei bem com ele e, portanto, essa reaproximação do deputado Gervásio Maia, presidente estadual, não tem problema nenhum”, arrematou.

Confira a entrevista completa:

Roberto Targino – MaisPB

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