João Pessoa, 07 de julho de 2021 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
CPI DA PANDEMIA

Roberto nega propina e chama vendedor de picareta

Comentários: 0
publicado em 07/07/2021 às 11h45
atualizado em 07/07/2021 às 10h11
Foto: Agência Senado

Em depoimento prestado à CPI da Pandemia, no Senado, o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias, negou ter pedido propina na compra da vacina AstraZeneca pelo governo federal.

A denúncia foi feita pelo policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que, em depoimento à CPI, afirmou ter recebido pedido de propina para a compra de 400 milhões de doses do imunizante. Segundo Dominguetti, Dias sugeriu elevar o preço de cada dose em US$ 1 para que o valor pago a mais fosse distribuído aos envolvidos.

Roberto Dias chamou Dominguetti de picareta. “Como ficou demonstrado por esta CPI, trata-se de um picareta que tentava aplicar golpes em prefeituras e no Ministério da Saúde”, afirmou.

Ele garantiu não ter tido qualquer participação na escolha da Covaxin: nem no que tange à quantidade, cronograma de entregas, definições de preços ou outro aspecto contratual. Disse também jamais ter pressionado algum funcionário do Ministério da Saúde nesse processo.

Dias referiu-se ao deputado Luís Miranda (DEM-DF), o primeiro a relacioná-lo ao caso, como um “notório controverso”. Lembrou que Miranda negou na CPI ter negócios na área da saúde, mas áudio divulgado na comissão, com ata notarial, mostra que o deputado teria negócios de comercialização de luvas e EPIs. Dias referiu-se ao parlamentar como “uma pessoa desqualificada”, e que as denúncias contra ele “jamais serão provadas” devido à ausência de base.

“Será que atrapalhei algum negócio do deputado? Porque essas denúncias três, quatro meses depois dos fatos? Neguei um pedido de cargo para seu irmão, servidor do Ministério, e cheguei a pensar que fosse uma retaliação contra mim. Mas será que atrapalhei alguma outra coisa? Já acionei o deputado por difamação contra minha pessoa”, afirmou Dias.

Agência Senado

Leia Também