Discriminação contra deficientes vai ao MP

Vereadora pessoense, Helena Holanda (PP)

A vereadora pessoense Helena Holanda (PP) disse, nesta quinta-feira (22), que pretende tratar com o Ministério Público da Paraíba (MPPB), a discriminação de um grupo de moradores do bairro Cabo Branco, em João Pessoa, contra pessoas com deficiências na orla marítima. Eles pedem o fim do projeto Acesso Cidadão, desenvolvido pela prefeitura de João Pessoa. A ação acontece todos os sábados, no trecho em frente à Fundação Casa de José Américo.

“Eu posso até ir ao Ministério Público, porque estou tomando conhecimento que eles estão me enviando um ofício. Pela aparência, elas são pessoas [moradores] acima dos oitenta anos. E a acima dos oitenta não podemos denunciar. Até porque não tenho os nomes, RGs, CPFs, endereços delas, mas vou responder o ofício do Ministério Público. Espero que o Ministério Público fique do nosso lado para que possamos lutar mais pela acessibilidade”, afirmou Holanda.

Ela contou que o grupo de moradores pediu que o projeto saia do bairro, porque estava incomodando pessoas ilustres que ali moram e que a praia teria que ter uma história diferenciada. “Ontem eu me deparei com esse absurdo. Fiquei muito triste, porque há 45 anos venho lutando pela inclusão. Agora minha propositura será de aumentar junto com a prefeitura. Vamos ampliar, vamos dar mais oportunidade para pessoas com deficiência. Isso que aconteceu me inspirou mais ainda. Tratar mal o deficiente é crime. Não podemos admitir isso”, relatou a parlamentar.

Acesso cidadão

O programa tem como objetivo fazer com que pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida possam aproveitar o fim de semana para tomar um banho de mar. As atividades começaram em dezembro de 2012, na gestão do então prefeito Luciano Agra (in memoriam) e proporcionam acessibilidade sempre aos sábados, das 7h às 12h, em frente à Fundação Casa José Américo de Almeida.

O projeto, que também prevê o acesso a jogos esportivos, lazer e cultura, é resultado de uma parceria da Prefeitura Municipal de João Pessoa (PMJP), por meio da Secretaria de Planejamento (Seplan), com a Fundação Casa José Américo; a ONG Assessoria e Consultoria para Inclusão Social; e a Fundação Centro Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência (Funad).

MaisPB

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