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Laudo aponta que jornalista Mateus Junior foi morto por enforcamento

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publicado em 20/09/2016 às 11h38
atualizado em 23/09/2016 às 08h43
Corpo de jornalista desaparecido é encontrado próximo a Lajeado (Foto: Arquivo Pessoal)

O laudo sobre a morte do jornalista Francisco Mateus da Silva Júnior apontou que ele morreu por enforcamento. A informação foi divulgada nesta segunda-feira (19) pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). O corpo da vítima foi encontrado próximo de Lajeado, a cerca de 65 km de Palmas, no dia 7 de setembro, depois de ficar quatro dias desaparecido.

Ainda de acordo com a SSP, o laudo necroscópico constatou que o jornalista morreu por causa de uma lesão no pescoço, possivelmente causada por um pedaço de pano. O resultado do exame contradiz a versão contada pelos suspeitos de que a vítima teria morrido após passar mal de asma.

As informações serão anexadas ao processo de investigação da morte do jornalista, que está sendo feito pela Delegacia de Investigações Criminais (DEIC). A investigação deve ser finalizada ainda esta semana e entregue ao poder judiciário, conforme a secretaria. O quinto suspeito de envolvimento na morte do jornailsta, Ronie Von Silva, continua foragido.

Entenda

O jornalista estava desaparecido desde a madrugada de sábado (3). Ele foi visto pela última vez, por volta das 2h, em um bar da quadra 303 Norte. A polícia foi até a casa do homem na 306 Sul e encontrou o local aberto e revirado.

No local foram encontrados copos quebrados pelo chão, gavetas remexidas, além da piscina ligada e cheia de latas de cerveja. Uma televisão foi levada e o carro da vítima não estava na garagem, os documentos de Júnior e do veículo ficaram para trás. O carro da vítima foi encontrado em Porangatu (GO) na terça-feira (6). O veículo estava abandonado perto da rodoviária da cidade.

Prisão

No depoimento à polícia, um dos suspeitos contou que o objetivo era apenas roubar o jornalista, não o matar. De acordo com o suspeito, Matheus Júnior morreu por falta de ar quando foi amordaçado. Ele contou que o jornalista foi amarrado dentro do quarto e depois jogado no porta-malas do próprio carro.

Após assassinar Matheus Júnior e jogar o corpo em uma estrada de terra há 60 km de Palmas, o grupo fugiu com o carro, roupas e relógios da vítima. Depois que os criminosos perceberam a repercussão do crime, eles abandonaram o carro do jornalista no município de Porangatu, região norte de Goiás. De lá voltaram de ônibus para o município de Nova Rosalândia, onde ficaram escondidos.

“Nós localizamos um dos indivíduos e a partir dele os demais. Estavam escondidos em um imóvel residencial na cidade de Nova Rosalândia”, disse o delegado Vinícius Mendes Oliveira.

Thiago Cruz Alencar, de 24 anos, Braúlio Breendon Gonçalvez Alencar, também de 24 anos, e Diego Rodrigues dos Santos, de 20 anos, estão na Casa de Prisão Provisória de Palmas.

Jackeline Cleia Araujo Dutra, de 19 anos está presa na Cadeia Feminina de Palmas. Todos tiveram prisão temporária decretada pela Justiça. A polícia ainda procura por Ronie Von Pereira da Silva, de 20 anos. Ele também teria participado do crime e está foragido.

Velório

Mateus era natural de Itaporanga (PB). Ele foi assessor de comunicação do Governo do Tocantins, da Prefeitura de Palmas, chefe da assessoria da Assembleia Legislativa e atualmente trabalhava na Federação da Agricultura do Estado (FAET).

O jornalista Mateus Júnior foi velado na Assembleia Legislativa, em Palmas. O corpo foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) por volta das 19h30 de quinta-feira (8) e foi velado na Assembleia Legislativa, em Palmas. Depois, foi levado para Itaporanga (PB), onde foi enterrado.

G1

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