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volta do carnê

Crise aumenta procura por crediário em lojas

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publicado em 02/04/2016 às 17h34

A maior cautela dos bancos em conceder empréstimos e os juros altos têm ajudado a impulsionar a procura pelo crediário no comércio, mostra uma reportagem do Jornal Hoje deste sábado (02). A modalidade de crédito é feita diretamente entre o consumidor e as empresas de varejo.

Em fevereiiro de 2016, lojas em todo o país perceberam um aumento de 19,5% nas vendas parceladas diretamente com o boleto ou carnê da loja, em relação ao mesmo mês do ano passado, segundo a reportagem.

Em tempos de desemprego, o crediário virou solução para fugir dos altos juros do cartão de crédito, dos bancos e das financeiras, que ficaram mais cautelosos ao emprestar dinheiro, de olho no risco de inadimplência.

As taxas de juros do crédito voltaram a subir em fevereiro, segundo levantamento da Associação Nacional dos Executivos de Finanças (Anefac), e a tendência é que as taxas voltem a subir nos próximos meses. No comércio, os juros passaram de 92,29% para 94,49% no mês.

Para as pessoas físicas, a taxa média em todos os tipos de crédito alcançou 145,46% ao ano – a maior desde fevereiro de 2005, quando ficou em 146%. No cartão de crédito, os juros foram de 419,6% ao ano em fevereiro, maior patamar desde outubro de 1995.

Óticas, móveis e saúde têm maior procura

Segundo dados da Multicrédito, os setores em que o crediário mais cresce são o de ótica e relojoaria, moveis e decoração e saúde e estética. “A loja não depende do mercado financeiro para abrir seu crediário, para alavancar seu volume de vendas”, diz Flávio Vaz Peralta da Multicrédito.

No crediário, os juros são menores porque o crediário é da loja, explica Peralta. As vendas de eletronicos no crediário, por exemplo, vêm caindo. E quem ganha folego é o varejo no setor de construção civil, que contriuiu muito para o aumento das vendas.

G1

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