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Bombeiro acusado de matar ex e sobrinha é condenado a 26 anos

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publicado em 17/10/2015 às 14h43

O bombeiro militar acusado de matar a ex-mulher e a sobrinha dela a tiros em Chapecó, no Oeste catarinense, foi condenado a 26 anos de prisão. O júri popular ocorreu na nesta sexta-feira (16) durante mais de oito horas.

Elias de Souza está preso no Presídio Regional de Chapecó desde fevereiro de 2014, quando ocorreu o crime. No entanto, segundo o advogado de defesa, Ezequias Duarte, Elias deve ser encaminhado para o presídio de Joaçaba ou Lages, que dispõem de tratamento psiquiátrico.

O julgamento no Fórum da Comarca de Chapecó começou às 13h30. O juiz Jefferson Vieira determinou a sentença às 22h.

De acordo com a defesa, a condenação foi de 41 anos, mas a pena foi reduzida, pois os jurados consideraram que Elias não estava em suas condições normais no momento do crime. Com a condição de semi-imputabilidade, ele foi condenado a 26 anos: 14 pela morte da ex-companheira, Ana Paula, e 12 anos pela morte de Eduarda. A defesa informou que vai recorrer para tentar reduzir mais a pena.

Segundo a polícia, Souza confessou o crime. O advogado de defesa alega que o acusado tem problemas mentais, por isso não poderia ter um julgamento comum. Elias deve cumprir pelo menos 2/5 da pena em regime fechado e outros 2/5 em regime semiaberto.

O crime

Ana Paula Gasparin, de 28 anos, e a sobrinha Eduarda Gasperini, 14, foram mortas dentro de casa na noite de 8 de fevereiro. A ex-mulher morreu com quatro tiros e a adolescente, com seis.

O crime
Ana Paula Gasparin, de 28 anos, e a sobrinha Eduarda Gasperini, 14, foram mortas dentro de casa na noite de 8 de fevereiro. A ex-mulher morreu com quatro tiros e a adolescente, com seis.

Ana Paula e Eduarda foram encontradas mortas dentro de casa (Foto: Arquivo pessoal)
Ana Paula e Eduarda foram encontradas mortas
dentro de casa (Foto: Arquivo pessoal)

Conforme a Polícia Militar, uma vizinha disse ter ouvido diversos disparos. A mulher foi encontrada morta na porta da residência, enquanto a adolescente, que era criada como filha por Ana Paula, estava em um quarto.

Logo após o crime, o bombeiro ligou para a mãe de Ana Paula contando que tinha matado as duas, de acordo com a Polícia Civil. Vizinhos também teriam visto o homem fugir do local do crime. O delegado que iniciou as investigações, Ricardo Casarolli, afirmou que foram tiros a queima roupa.

Depoimento
Em depoimento na época do crime, Souza confirmou estar separado da mulher. Disse que no dia foi até a casa de Ana Paula entregar uma peça de computador. No local, o ex-casal teria começado a discutir. Durante a briga, conforme o depoimento de Souza, a arma que estava na cintura dele caiu e quando foi pegar o revólver, o equipamento disparou atingindo a mulher e a adolescente.

Depois de cometer o duplo homicídio, o homem afirmou ter saído com o carro sem destino certo. O veículo foi encontrado em São Bento do Sul, de acordo com a polícia.

G1

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