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PSDB diz ter 280 de 342 votos para impeachment

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publicado em 10/09/2015 às 15h38

O deputado federal Carlos Sampaio, líder do PSDB na Câmara, anunciou que o grupo suprapartidário pró-impeachment de que faz parte já conseguiu coletar 280 votos de deputados pelo impedimento da presidente Dilma Rousseff.

“Dos votos que nós pudemos até agora compilar e contar, nós temos aproximadamente 280 votos favoráveis ao impeachment”, disse Sampaio.

Partidos de oposição como PSDB, DEM, PSC, PP e Solidariedade lançam nesta quinta-feira (10) na Câmara dos Deputados movimento a favor do impeachment e tentam cooptar legisladores de outras siglas. Sampaio diz que tem feito isso há 21 dias. “A ideia é abrir uma conversa individualizada com cada parlamentar para fazer um convencimento de que o Brasil não suporta mais três anos e meio de presidente Dilma”, disse.

O número de votos que o deputado tucano alega ter não é suficiente para que um eventual processo contra a presidente da República prospere na Câmara. São necessários dois terços dos 513 votos, ou seja, 342 deputados a favor do impeachment, para que a presidente seja afastada.

Sampaio destaca, no entanto, que o número já é suficiente para abrir o processo em uma eventual votação plenária. “O pedido formulado (de impeachment) pode ser acolhido pelo presidente da Câmara (Eduardo Cunha) e isso é uma decisão monocrática”, explica. “Se ele indeferir (o pedido) e jogar no plenário nós vamos conseguir abrir o processo de impeachment”, projeta o líder do PSDB na Casa. Neste caso, seria necessária apenas uma maioria simples a favor da abertura da ação, 50% mais um voto, ou seja, 257 votos caso os 513 deputados estejam presentes no dia.

“Nós temos a convicção de que se a manchete dos jornais for: ‘aberto o processo de impeachment contra a presidente Dilma’, a partir daí ninguém mais segura o processo de impeachment, e o envolvimento da sociedade civil e dos movimentos sociais vai ser ainda maior pró-impeachment”, prognostica ainda Sampaio.

“Primeiro requisito”

O deputado afirmou que o grupo pró-impeachment aguardou “o momento mais propício para criar esse movimento”. Citando frase do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Sampaio diz que “impeachment não se discute, só acontece quando é indiscutível”.

“O primeiro pressuposto é que tivéssemos uma tese jurídica robusta que evitasse esse discurso do PT de que isso é golpe”, avaliou. Para ele, esse requisito já “veio com pedido de impeachment de (ex-deputado)Hélio Bicudo”.

Sampaio lembra que Bicudo foi um “promotor de justiça, sempre esteve à esquerda, ajudou a criar o PT e hoje reconhece que não há condições mínimas para Dilma continuar na presidência da República”. Ele protocolou ação pelo impedimento de Dilma no dia 1º de setembro.

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