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morto no rio

Médium teria sido amarrado e amordaçado antes de execução

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publicado em 19/06/2015 às 16h02

Segundo funcionários do Centro Espírita Lar de Frei Luiz, na Taquara, Zona Oeste do Rio, o médium Gilberto Arruda, morto nesta sexta-feira (19), foi encontrado amordaçado, com as mãos amarradas e com o rosto ferido por muitos golpes. Ainda de acordo com as testemunhas, que não quiseram se identificar, a vítima dormia em um quarto separado da esposa, Marli.

A Divisão de Homicídios interroga dois funcionários que trabalhavam na casa dele. Gilberto morava no centro, que também é um educandário social.

“Ele foi encontrado deitado no chão pela esposa”, afirmou Wilson Vasconcellos, presidente do instituto. Ele esclareceu que Gilberto não trabalhou nesta quinta-feira (18). Ainda segundo os dirigentes da instituição, não há câmeras próximo à casa onde Gilberto morava, mas há vigilantes 24 horas em todo o terreno do centro. O corpo do médium foi retirado do centro por volta das 13h30, após a perícia.

Nelson Duarte, vice-presidente e diretor espiritual do Centro Espírita Lar de Frei Luiz, lembrou que Gilberto começou os trabalhos como médium aos seis anos de idade, e descartou que ele tivesse inimigos. “Isso não existe”, garantiu.

Atriz lamenta morte
A atriz Alcione Mazzeo, que foi voluntária no Centro Espírita Lar de Frei Luiz por 17 anos, afirma que viu Gilberto pela última vez há 15 dias, para tratar um problema no ombro. Segundo ela, o médium era uma pessoa que trabalhava pelo benefício da humanidade. “Ele era inquieto, ativo e era uma pessoa ligada ao bem. Ele atendida todo mundo e vivia apenas para atender as pessoas. Ele trabalhava em prol dos necessitados. Tanto que morava perto da sala onde trabalhava”.

Ela conta que Gilberto transmitia a tranquilidade com a qual as pessoas que eram atendidas por ele precisavam. “Quando ele entrava na sala para atender, era de uma paz impressionante. Eu estou muito chocada. Os dirigentes da casa sempre pediram para orar por ele, que era o médium principal da casa”.

Visivelmente emocionada, a atriz lamenta o falecimento violento de Gilberto Arruda. “Ele merecia uma passagem mais tranquila, de mais luz”.

A bailarina Carol Nakamura se tratou no Centro Espírita Lar de Frei Luiz há seis anos, antes de passar por uma cirurgia na qual teve que retirar o rim. Por meio de sua assessoria, ela afirmou que, mesmo sendo católica, procurou conforto no local em busca de ajuda e de um Deus maior. Ela lamentou a morte de Gilberto Arruda e afirma que sempre foi tratada de maneira amável por todos no instituto.

Sônia Magalhães, de 45 anos, médium da instituição, afirmou que ele vivia para o trabalho. “Ele era uma pessoa muito querida por todos. Estamos chocados com a violência”, afirmou Sônia. “Não tinha problema com ninguém e vivia com a mulher aqui, eu o conhecia desde criança”, lamentou ela.

Segundo frequentadores, Gilberto realizava cirurgias espirituais em pacientes graves. Os fiéis acreditam que ele incorporava o espírito do médico alemão Frederich Von Stein. Entre os famosos que já realizaram cirurgias no centro está o ex-tenista Gustavo Kuerten.

O funcionamento da instituição foi interrompido e só deve voltar na próxima segunda-feira (22). O Centro Espírita Lar de Frei Luiz tem 124 funcionários e mil voluntários. Na quinta-feira (18), foram atendidos dependentes químicos na instituição.

G1

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