João Pessoa, 25 de maio de 2015 | --ºC / --ºC Dólar - Euro
A poluição dos carros e de empreendimentos ameaça as reservas de Mata Atlântica na Região Metropolitana de João Pessoa. O alerta é do biólogo Pedro Gadelha, da Universidade Federal da Paraíba, na reportagem de especial de Aline Guedes, nesse domingo do Jornal Correio da Paraíba.
“O dióxido de carbono afeta negativamente não só o ar que respiramos, mas também a vida de muitos animais e microorganismos, como por exemplo, as borboletas. Elas não conseguem sobreviver e um ambiente com alta carga de CO2”, ressalta o especialista.
Influência nas temperaturas – Mata do Buraquinho, Bica e Mata do Amém (Cabedelo) juntas amenizam em dois graus o calor em João Pessoa. Essas três reservas foram uma “ilha verde no meio da cidade grande” e precisam ser preservadas, defende Pedro.
“Hoje nossos ‘pulmões’ funcionam como um radiador de um automóvel, amenizando as altas temperaturas. Se a perdermos vamos sofrer com o aumento da temperatura e mais poluição”, frisou Antônio Augusto Almeida, da Associação Paraibana Amigos da Natureza (Apam).
Empreendimentos – “O resquício de Mata Atlântica que temos na Paraíba está situada no Litoral, que é a faixa mais populosa, então a urbanização tende a se desenvolver e nesse nadar da carruagem só vemos desmatamento para a expansão das áreas urbanas, projetos turísticos na faixa litorânea e empreendedores que não têm nenhuma sensibilidade ou preocupação com o meio ambiente, disse Antônio à reportagem do Jornal Correio da Paraíba.
Exemplos – O assunto também chama atenção das autoridades. Semana passada, o Ministério Público Federal pediu a demolição do condomínio Alamoana, construído numa Área de Preservação Permanente, entre a Mata do Amém e o Rio Sanhauá.
Nas proximidades, o Grupo Marquise, do Ceará, também planeja construir um shopping center, empreendimento com potencial para gerar impactos ambientais à reserva que ainda resiste às margens da BR-230.
MaisPB com Jornal Correio da Paraíba.
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