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A Vitória eleitoral de Donald Trump em 2016, suscitou à época, uma série de interrogações acerca da postura que o então bilionário adotaria no comando da maior potencial global.
O candidato outsider, que energizava a base republicana daria lugar à prudência política com o intuito de unir a nação dividida desde o Obama 2.0?
08 anos depois, é possível depreender: Trump não só aprofundou as diferenças ideológicas no país, como sedimentou um personalismo carismático que agora adiciona um tom messiânico após sobreviver ao atentado do dia 13/07.
O eleitor da chamada “América profunda”, descrente de Washington e permanentemente desconfiado da mídia elitista, enxerga em Trump, uma subversão sistêmica. Alguém capaz de reacender o nacionalismo claudicante, impactado pela globalização excludente que levou os empregos pra China, hoje a maior “inimiga” no plano internacional.
É o sentimento de nostalgia, a “conservação” dos valores tradicionais e o retorno da bem sucedida “Era Reagan” (Fazer a América grande novamente) que mobiliza corações e mentes em torno do ex-apresentador de TV.
O discurso radical, mas afinado às necessidades e anseios da classe média trabalhadora, especialmente no Bolsão da ferrugem e no cinturão bíblico, possibilita um engajamento em massa de núcleos fiéis, especialmente os homens brancos sem diploma superior.
Mas, por que essa postura agressiva e uma agenda isolacionista encanta milhões de americanos? é simples, para uma parcela expressiva da opinião pública, Trump cumpriu tudo o que prometeu, frise-se da mudança da Embaixada de Tel Aviv para Jerusalém ao estímulo à exploração de combustíveis fósseis nas áreas rurais.
A ressonância do ideário trumpista continuará a influenciar a política americana pelos próximos anos, independente do êxito eleitoral no dia 05 de novembro.
Diferente dos pleitos de 2016 e 2020, Trump aparece agora como franco favorito. Como a escolha dos americanos é acompanhada com apreensão por todo o mundo, “alea jacta est” (a sorte está lançada!).
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HORA H NA TV MANAÍRA - 10/12/2024