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Professor universitário
Graduação em Comunicação Social/UEPB
Extensão Acadêmica em Relações Internacionais/PUC PERU
Especialista em Gestão Pública/IFPB
Mestre em Ciência da Informação/UFPB
Doutorando em Ciência da Informação/UFPB
*Coluna: Política internacional*

Biden 2.0? Quais as chances do presidente americano na jornada em busca da reeleição

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publicado em 26/07/2023 às 12h44

Em 2020, Biden conseguiu um feito inédito na história recente dos EUA. Conseguiu liderar um frente política que somou de democratas progressistas a republicanos arrependidos. Em um país ideologicamente dividido e impactado por sua maior crise sanitária e econômica, o que estava em jogo era além do próprio redesenho democrático, mas a própria “alma da nação” , pra citar o lema da campanha do atual presidente.

Biden nunca despertou paixões durante sua jornada de mais de 50 anos da vida pública, mas ao mesmo tempo sempre foi um político que construiu pontes e agia de forma moderada. Sua conexão com a classe média, resiliência pessoal devido a grandes perdas e a fama de sujeito decente o catapultaram à Casa Branca em um momento em que o país almejava maior equilíbrio no salão oval.

Grande parte dos 80 milhões de eleitores que confiaram o seu voto no ex-vice de Obama, em especial o eleitor independente, desejava alguem que somasse maior competitividade pra derrotar Trump, não obstante, apostassem num governo de transição, ou seja, de apenas um mandato.

A idade de 82 anos não foi impecilho pra o anúncio realizado no último dia 25 de abril: Biden será candidato à reeleição. Ancorado em bons índices de empregabilidade e grandes reformas estruturais, é possível depreender que essa jornada será fácil? A resposta é não.

Inicialmente, os EUA continuam mais polarizados do que nunca. Sanar feridas ideológicas ou construir um diálogo mais frutífero interpartidário ficou apenas na intenção eleitoral. Ademais, apesar dos julgamentos envolvendo escândalos sexuais e questões fiscais, Trump ainda detém fôlego e capacidade de mobilizar sua inflamada base republicana, o que pode ser essencial nos Estados-pêndulo.

O que será preponderante na eleição de 2022 é o comportamento do morador do subúrbio americano, intrincheirado entre os grandes centros majoritariamente democratas e o interior tradicionalmente republicano.

É possível vaticinar que o pleito do ano que vem tende a ser ainda mais competitivo e caótico. Nesse cenário, o que determina a decisão do americano médio (não filiado ou atrelado à agremiação partidária) é a conjuntura econômica. Tal elemento é protagonista desde que Bush pai ganhou a Guerra do Golfo, mas perdeu a batalha para a inflação e consequentemente Bill Clinton.

Com os eventos de arrecadação (o custo total da campanha de 2020 chegou a 14 bilhões de dolares) e as primárias marcadas para o segundo semestre, em que reunirá dezenas de pré-candidatos, é plausível imaginar que a campanha de 2024 começará a entrar na pauta do cotidiano das pessoas.

Parafraseando o líder militar Júlio César, “alea jacta est” (a sorte foi lançada).

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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