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Desemprego sobe para 6,2% em março, segundo IBGE

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publicado em 26/04/2012 às 09h59

A taxa de desemprego de março subiu para 6,2%, ante 5,7% registrados em fevereiro, segundo dados da PME (Pesquisa Mensal de Emprego), divulgados nesta quinta-feira (26) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este é o quarto mês de alta da taxa que, em dezembro estava em 4,7%.

Em comparação com março de 2011 (6,5%) a taxa ficou praticamente estável.

A taxa é feita com base na proporção de pessoas desocupadas em relação à população economicamente ativa, que é formada pelos contingentes de ocupados e desocupados.

A população desocupada foi calculada em 1,5 milhão de pessoas, crescendo 8,8% na comparação com fevereiro (mais 122 mil pessoas procurando trabalho). Frente a março do ano passado, a estimativa permaneceu estável.

A população ocupada permaneceu estável em 22,6 milhões. Na comparação com março de 2011, houve aumento de 1,6% na estimativa (mais 367 mil ocupados). O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,1 milhões) não registrou variação na comparação com fevereiro. Na comparação anual, houve uma elevação de 3,7%, representando um adicional de 394 mil postos de trabalho com carteira assinada.

RENDIMENTO

O rendimento médio real (descontada a inflação) dos ocupados subiu 1,6%, para R$ 1.728,40 –valor mais alto para o mês de março desde março de 2002. Na comparação com fevereiro de 2011, foi registrada alta de 5,6%.

A massa de rendimento real somou R$ 39,4 bilhões, crescendo 2% em relação a fevereiro e 7% em relação a março de 2011.

REGIÕES

A taxa de desemprego variou significativamente nas regiões metropolitanas de Recife (passou de 5,1% para 6,2%) e de Porto Alegre (passou de 4,1% para 5,2%). Na relação com março de 2011, houve recuo nas regiões metropolitanas de Salvador e de Recife (2,4 e 1,4 pontos percentuais, respectivamente). Na região metropolitana do Rio de Janeiro, esta estimativa subiu 1,0 ponto percentual e manteve-se estável nas demais regiões.

PESQUISAS

A diferença na metodologia utilizada pelo IBGE e pela PED (Pesquisa de Emprego e Desemprego, da Seade e do Dieese) explica a discrepância entre os números apresentados ontem e hoje. Hoje, o IBGE reportou uma taxa de desemprego de 6,2% em março, enquanto a Seade e o Dieese divulgaram ontem uma variação de 10,8% no mesmo mês.

Na PME do IBGE, apurada desde janeiro de 1980, a pessoa que faz bicos ou tem um emprego temporário está empregada. Ou seja, o instituto leva em consideração apenas as informações referentes ao desemprego aberto –quando a pessoa está há mais de 30 dias procurando emprego.

Já na PED, realizada desde janeiro de 1985, a Seade e o Dieese dividem o desemprego em três categorias: aberto (quanto as pessoas procuram emprego), oculto por desalento (pessoas que não procuraram trabalho nos últimos 30 dias por uma série de motivos, como por exemplo, a crença de que o mercado está ruim e não será possível encontrar) e oculto por trabalho precário (que realizam trabalhos precários, como bicos, por exemplo).

O IBGE faz o levantamento em seis regiões metropolitanas (Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre), enquanto a pesquisa Seade/Dieese apura em sete: Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal.

Folha Online

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