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Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Comércio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

Cajazeiras 159 anos, a orfandade politica persiste

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publicado em 23/08/2022 às 11h12

Órfã de uma representação politica na Câmara Federal, há décadas, Cajazeiras se ressente fortemente de um genuíno representante em Brasília, quando o assunto é carrear obras estruturantes para a cidade. As barreiras e dificuldades encontradas pelo recém-criado Conselho da Sociedade Civil Organizada de Cajazeiras (ConSoCivil), constituído por legítimos representantes de entidades dos mais diversos estratos sociais que envolvem clubes de serviços e segmentos produtivos com foco especifico de cobrar obras estratégicas imprescindíveis para o desenvolvimento da cidade, denotam claramente isso.

Entre as várias demandas elencadas por esse conselho foram eleitas três prioridades a serem trabalhadas para o ano corrente de 2022 que envolvem diretamente a ação de um parlamentar federal: implantação de linhas aéreas, Parque Linear do Açude Grande e ampliação do Hospital Universitário Júlio Bandeira.

Acerca da implantação do Parque Linear do Açude Grande, a demanda esbarrou no projeto de esgotamento sanitário no entorno do manancial apresentado pela CAGEPA no valor de R$ 38 milhões. Fica a pergunta: quem banca? a União? o estado? Quem vai prospectar esses recursos em Brasília? Tarefa para um deputado federal que não temos.

Em relação à ampliação do HUJB, aguardarmos a publicação do edital para uma ampliação e reforma cumprindo o compromisso do Reitor Antônio Fernandes de dotar aquele nosocômio de 110 leitos e dobrar as vagas do curso de medicina para 60 vagas.

Quanto à implantação de linhas aéreas constata-se, estranhamente, o desinteresse e má vontade politica do Governo do Estado em viabilizar esse beneficio que já é uma conquista de Patos há mais de um ano. Outro fato nebuloso que carece uma explicação foi a criação, e ato contínuo, o sepultamento da Frente Parlamentar da Aviação Regional pelo seu presidente deputado Júnior Araújo que foi instalada com pompas na Assembleia Legislativa do Estado em outubro de 2019.

Merece registro o episódio ocorrido no estúdio da Rádio Alto Piranhas quando da última entrevista prestada pelo governador João Azevedo onde fui contundente ao contestar o governador desconstruindo seus inconsistentes e esfarrapados argumentos em não implantar linhas aéreas em Cajazeiras, fui abordado naquele momento, de forma veemente pelo o prefeito de Sousa Fábio Tyrone: “Alexandre, esquece isso, o governador vai anunciar agora a construção de um aeroporto em Sousa e essa novela de linhas aéreas para o Sertão estará resolvida”

Afinal, pergunto a minha querida leitora e ao meu estimado leitor, existiria alguma correlação entre essa estranha atitude do deputado Junior e a revelação do prefeito de Sousa?
Ou será que vamos ter que esperar que Sousa aloque recursos, construa um aeroporto e implante linhas aéreas?

Consciente que a implantação deum aeroporto em Sousa sepulta definitivamente o sonho de Cajazeiras possuir um aeroporto regional, alertei o prefeito José Aldemir que de comum acordo resolvemos radicalmente mudar a estratégia convocando para resolver a parada o nosso “adotado” deputado federal, Agnaldo Ribeiro. Acionado, o mesmo se comprometeu de imediato a resolver de vez essa pendenga até a próxima sexta-feira dia 22 de agosto, dia da cidade. Tendo êxito, Agnaldo daria a Cajazeiras o maior presente que Cajazeiras poderia receber nos seus 159 anos de emancipação politica.

* Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Portal MaisPB

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