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overdose de heroína

Há 50 anos morria a cantora norte-americana Janis Joplin

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publicado em 04/10/2020 ás 12h31

Há 50 anos, em 4 de outubro de 1970, a cantora americana Janis Joplin morreu, devido à uma overdose de heroína, com apenas 27 anos. Sua morte e a de Jimi Hendrix, duas semanas antes, em 18 de setembro, também com 27, foram um duro golpe para a geração hippie e os amantes do rock and roll.

Após a partida precoce, seu legado musical e estético se tornou referência no mundo todo. A cantora, que em seu último ano de vida passou pelo Brasil, também influenciou fortemente o rock nacional e a MPB – em especial, as artistas mulheres.

Janis Lyn Joplin nasceu em 19 de janeiro de 1943 na cidade de Port Arthur, no Texas. Desde cedo o espírito rebelde da garota se expressava através da música e da arte. Ela começou a cantar influenciada pelas grandes vocalistas de blues, como Bessie Smith. Apesar de branca, Janis admirava a música e a cultura negras, numa época em que a segregação racial ainda era muito forte nos Estados Unidos, e a voz potente e cheia de emoção não devia nada às grandes cantoras negras.

Após circular pelos círculos beatniks de Nova York e San Francisco, ela foi morar em Austin, no Texas, onde cursou a Universidade do Texas. Desta época começou suas experiências com drogas e bebida, que a levaram ao vício. Em 1966 um amigo a apresentou à banda Big Brother and the Holding Company, de San Francisco, onde então começava a explodir a revolução hippie. Ela se juntou à banda, e incorporou sua voz blueseira ao grupo de rock psicodélico pesado.

Em 1967 sua performance com a banda no Monterrey Pop Festival à catapultou para a fama, a transformando na primeira vocalista mulher de destaque no mundo do rock. No mesmo ano eles lançaram o primeiro disco, com músicas como Down On Me. Mas a obra prima da banda foi o clássico disco Cheap Thrills, com as músicas Piece of My Heart, Ball and Chain e Summertime, entre outras, lançado no ano seguinte.

Seu vício em drogas e álcool começaram a criar problemas com os outros membros da banda, e no final de 1968 ela saiu em carreira solo. Em 1969 lançou o primeiro disco solo, I Got Dem Ol’ Kozmic Blues Again Mama!, com Kozmic Blues e Try (Just a Little Bit Harder). No ano de sua morte, ela gravou Pearl, com as clássicas Mercedes-Benz e Bobby McGee, mas não viveu para ver o lançamento do disco. Uma overdose acidental de heroína a matou em um hotel de Los Angeles. Seu estilo único de cantar, a entrega no palco e a emoção transmitida pelas músicas a transformaram em uma lenda do rock, reverenciada até hoje.

Kubitschek Pinheiro – MaisPB com informações do Portal Terra