João Pessoa, 16 de junho de 2020 | --ºC / --ºC Dólar - Euro

ÚltimaHora
entrevista maispb

Marília Arnaud se prepara para lançar novo romance

Comentários: 0
publicado em 16/06/2020 às 09h43
atualizado em 16/06/2020 às 08h06

A escritora Marília Arnaud é paraibana de Campina Grande, mas há anos mora em João Pessoa. Graduada em Direito, exerce o cargo de “analista judiciário” no TRT da 13ª Região da PB Começou a carreira literária na década de 80, escrevendo crônicas e contos para jornais Diário da Borborema e O Momento.

Publicou quatro livros de contos: Sentimento Marginal (produção independente, 1987); A menina de Cipango (Prêmio José Vieira de Melo – Secretaria de Cultura do Estado da Paraíba, 1994); Os campos noturnos do coração (Prêmio Novos Autores Paraibanos, Universidade Federal da Paraíba, 1997); O livro dos afetos (Editora 7letras, Rio de Janeiro, 2005). E dois romances: Suíte de Silêncios (Editora Rocco, Rio de Janeiro, 2012) e Liturgia do Fim (Editora Tordesilhas, São Paulo, 2016), Um infantil: Salomão, o elefante (Editora Off Flip, 2013).

Em entrevista ao Portal MaisPB, ela anuncia um novo romance “O Pássaro Secreto”, que será publicado por uma editora de São Paulo, depois da pandemia, transita pouco pelas redes sociais, “faca de dois gumes” e, claro, acredita em Deus.

MaisPB – O que você está fazendo nessa pandemia?

Marília – Criei uma rotina produtiva. Trabalho com os processos durante a manhã e, à tarde, escrevo um novo romance. Algumas manhãs, antes de começar a trabalhar, faço caminhadas pelo bairro (adoro os nomes das ruas e a sua tranquilidade, rua do Sol, rua das Acácias, rua da Aurora, entre outras), para tomar um solzinho, quando não, cuido das tarefas domésticas, limpo a casa, ponho a roupa na máquina etc. A elaboração das refeições ficou com o meu companheiro, que cozinha divinamente, tanto, que já ganhei peso. Esses noventa dias de reclusão têm sido um tempo bom, à exceção da angústia que às vezes me pega, quando penso naqueles que não são privilegiados como eu, e que sofrem a falta de teto, renda, comida.

MaisPB – – Quantos livros publicados?

Marília – Num período de trinta e dois anos, publiquei sete livros, quatro de contos (Sentimento Marginal, A menina de Cipango, Os campos noturnos do coração, O livro dos afetos), dois romances (Suíte de silêncios e Liturgia do fim), e um infantil (Salomão, o elefante).

MaisPB – Você está a concluir um novo romance. De que trata?

Marília – Estou com um novo romance (O pássaro secreto), que, neste momento, está sendo apreciado por uma editora. Se tudo der certo, provavelmente será lançado ano que vem. E um outro, ainda em fase de escritura.

MaisPB – É adepta das redes sociais – aliás, como você analisa essa velocidade de informações – algumas – muitas perigosas?

Marília – A internet é uma faca de dois gumes, por isso a necessidade de se saber usá-la com bom senso. Na condição de escritora, a internet só me trouxe benefícios. As redes sociais possibilitaram uma troca com os meus leitores, e a interação com pessoas do meio literário, tais como outros autores, resenhistas, editores etc, além de propiciarem a divulgação dos meus livros e dos trabalhos de outros escritores que leio.

Com relação à internet das notícias, procuro manter uma postura equilibrada, lendo o que realmente importa, e deixando de lado as picuinhas políticas, as publicações que me parecem fake news, as declarações de pessoas que se acham donas da verdade.

MaisPb – Marília acredita e Deus?

Marília – Sim. Tenho uma fé infantil, que carrego comigo desde os tempos de infância em colégio religioso (Instituto João XXIII), e da qual não abro mão. Embora não costume frequentar templos, tenho cá uma intimidade com Deus, amparo, força e esperança de todos os dias.

MaisPb – Sua mãe Giselda Arnaud era espírita. Vocês conversavam sobre doutrina espirita?

Marília – Sim, muito. Conversávamos sobre tudo, inclusive sobre o espiritismo. Minha mãe era uma mulher forte e cheia de fé, passou-me muitos ensinamentos, especialmente a compaixão e a caridade em favor dos mais humildes. Embora eu não tivesse algumas de suas crenças, isso não era motivo de discórdia entre nós. Concordávamos em que o homem é infinitamente pequeno para dar conta do mistério que é Deus.

Kubitschek Pinheiro – MaisPB

Leia Também