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emoção e gratidão

Heron Cid anuncia saída do Sistema Arapuan

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publicado em 19/08/2019 às 17h28
atualizado em 19/08/2019 às 17h13
Jornalista Heron Cid - Foto: TV Arapuan

O jornalista Heron Cid anunciou, nesta segunda-feira (19), no programa radiofônico Arapuan Verdade, da Rede Arapuan de Rádio, que está deixando o Sistema Arapuan de Comunicação após quatro anos. Além do rádio, Heron também apresentava o programa semanal Frente a Frente, na TV da mesma emissora.

Heron Cid chegou ao sistema em 2015 e foi responsável pela criação de dois novos programas da Casa: o programa radiofônico 60 minutos, líder de audiência no horário das 18 horas, de segunda a sexta-feira, e o conceituado programa Frente a Frente.

Em sua carta de despedida, intitulada de “Gratidão”, Heron Cid agradeceu o Sistema Arapuan pela acolhida, em especial o proprietário João Gregório. “Fiz e levo daqui muitos amigos. E muitos aprendizados, lições de irmandade, de humildade e compreensão, tudo simbolizado a partir do presidente deste grupo, você, João Pereira de Moura Neto, João Gregório, o filho vencedor de Jatobá”, escreveu.

Heron explicou que, a sua saída da Arapuan, foi motivada para desenvolver “projetos pessoais”. “Essa é minha hora. É hora de desengavetar projetos pessoais tantas vezes adiados pela “zona de conforto” e revisitar, com mais tempo, prazo e nova rotina, gritos do coração, vozes da alma”.

Abaixo, a carta completa escrita por Heron Cid:

Carta de Gratidão

O tempo passa. Já são quatro anos que aqui pousei os pés no Sistema Arapuan. Nesse ninho, encontrei abrigo para projetos novos, apoio para ideias e liberdade plena para voar no jornalismo.

De primavera em primavera, conquistas nos caminhos percorridos. A criação de dois novos programas, o Frente a Frente, na TV Arapuan, e o 60 Minutos, naquilo que passamos a chamar e ficou batizada de Rede Arapuan de Rádio.

Mais tarde, a conjuntura, a fraternidade e a solidariedade me levaram ao exílio voluntário para o Rádio Verdade, hoje Arapuan Verdade.

Sinto como perfume a consciência da dedicação, devoção e o profissionalismo com qual me dediquei a todos esses formatos, os que criei e os que adotei. Me doei a todos com esmero, com alma e coração.

Suponho que experiência acumulada e a paixão visceral pelo meu ofício, creio, contribuíram em algum grau para a consolidação dos programas a que me dediquei com profundo respeito a esta empresa e ao público.

Mas, eis que avisto já há algum tempo no horizonte um crepúsculo de um novo momento particular, tantas vezes adiado pelo espírito de equipe e por renúncia pessoal e, às vezes, também, admito, pelas dúvidas.

Elas, as dúvidas, já não existem mais. A postergação, dialogada já há algum tempo e reiteradamente com a direção deste Sistema, foi positiva e forjou este passo no amadurecimento, na serenidade e na confirmação de espírito.

Quem abdica de espaços tão preciosos, de programas de destaque que, certamente, nove em cada dez jornalistas gostariam de desfrutar e ocupar?

Somente uma certeza interior maior do que as vaidades, superior ao ego e um sentimento latente são capazes de confortar e explicar. Vem como uma Boa Nova.

Esta carta não é um mero e formal pedido de demissão, apenas. É uma epístola de gratidão.

Aos companheiros que dividiram comigo microfones, câmeras, sonoplastia, reportagens, produção, cortes, caracteres, efeitos.

Fiz e levo daqui muitos amigos. E muitos aprendizados, lições de irmandade, de humildade e compreensão, tudo simbolizado a partir do presidente deste grupo, você, João Pereira de Moura Neto, João Gregório, o filho vencedor de Jatobá.

O desapegado e desprendido João que nunca me deixou sentir funcionário, mas sempre me tratou como parceiro, ensinando sem cartilha e nem diploma o que é ser um líder servidor, que ouve, acolhe e delibera.

E, principalmente, que se mistura e que participa na dor e no sorriso.

Essa é minha hora. É hora de desengavetar projetos pessoais tantas vezes adiados pela “zona de conforto” e revisitar, com mais tempo, prazo e nova rotina, gritos do coração, vozes da alma.

Ela me desconforta a prospectar, garimpar e descobrir o novo. Sem nunca esquecer, porém, da caminhada e de todas as mão estendidas.

A Arapuan me estendeu a mão com generosidade nesses quatro anos. Hoje, eu me despeço da mesma forma que entrei: de mão estendida, de coração aberto, cabeça erguida, com fé em Deus e fé na vida!

João Pessoa, Paraíba, 19 de Agosto de 2019

Heron Cid Cesar Soares de Madrid

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