Bancada não investe em Segurança Pública

O secretario de Segurança Pública da Paraíba, Cláudio Lima, fez um dura crítica a bancada de deputados e senadores do estado. Lima afirmou que a Segurança é sempre um bom palanque para os deputados fazerem suas críticas, mas eles não reservam emendas para investir na Segurança do Estado. Segundo o secretário, apenas do deputado Luiz Couto (PT) tem sido constante neste quesito.

O desabafo começou quando lhe foi perguntado se eram verdadeiros os boatos que apontam para sua saída da pasta e que ele já havia entregue o cargo algumas vezes ao governador Ricardo Coutinho (PSB), mas o governador nunca aceitou sua demissão.

“Algumas coisas são verdadeiras e outras são boatos. Estou numa área muito difícil. Muito cobrada na opinião pública, a sociedade sente os efeitos imediatos dos insucessos. Hoje administrar a segurança pública é muito difícil num país que não teve a preocupação no passado, não criou diretrizes e nem preocupação com de financiamento da segurança pública”, explicou Lima.

O secretário lembrou que desde que chegou para ser secretário no estado, vindo de Pernambuco, há apenas um deputado reserva uma emenda todo ano para a Segurança: o deputado Luiz Couto.

“Não estou falando isso para agradar, estou falando porque é verdadeiro. Com exceção, para ser justo, de uma emenda há dois anos atrás para o IML de Cajazeiras (disponibilizada pelo hoje senador José Maranhão/PMDB em 2015). Fora isso realmente o que tem, geralmente é Luiz Couto. No ano passado teve uma emenda de um milhão e meio para comprar computadores. Fora isto não se vê ninguém falar em financiamento de segurança pública nesse país, esse é um dos problemas”, assegura.

Lima se disse magoado porque a Segurança Pública é sempre um palanque muito forte para o meio político com uma cobrança é diferenciada, contudo o tratamento para que se dê meios, para que se construa um novo modelo não é dado.

“Mas a cobrança é grande, é imediata, todos os dias. Então sobre esse cenário, se você fizer uma análise, nem todo mundo quer ser secretario hoje, principalmente os políticos, porque você vai chegar a conclusão que é muito pesado e a gente não tem o mesmo retorno dos gestores públicos”, finalizou.

As informações foram dadas durante entrevista ao programa Rádio Verdade, do Sistema Arapuan.

Paulo Dantas – MaisPB

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