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Protesto de entregadores por aplicativo gera atritos em João Pessoa

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publicado em 02/05/2024 às 17h08
atualizado em 02/05/2024 às 15h51

A manifestação iniciada por motoboys, na noite da última quarta-feira (1°), após uma polêmica envolvendo um entregador por aplicativo e um cliente, no bairro do Cuiá, na zona Sul de João Pessoa gerou alguns desentendimentos físicos e verbais entre motociclistas e a Polícia Militar. A corporação foi acionada para conter os manifestantes que foram para frente da casa do homem e ainda manteve, na manhã desta quinta-feira (2), uma viatura nas imediações de uma academia que é de posse do envolvido na confusão.

O presidente do Conselho Municipal dos Entregadores (CME), Léo Martins, afirmou em entrevista ao Programa HoraH e Portal MaisPB que o protesto tinha intenção de dialogar e apaziguar a situação. O representante também lembrou do histórico da organização e classificou a ação da Polícia Militar como “inadmissível”.

“Quando a gente ficou sabendo do acontecido, a gente foi pra lá tentar apaziguar, tentar dialogar, tentar conversar um pouco. Porque tem gente generalizando que os motoboys quebraram a academia dele. Foi alguém que estava infiltrado, duas, três, quatro pessoas que quer fazer a algazarra”, declarou o presidente.

“Mas ontem foi algo muito ruim, muito agoniante. Eu mesmo fui atingido por spray de pimenta, meus olhos ficaram ardendo, garganta fechou e aconteceu que todo mundo ficou revoltado porque na prática a Polícia Militar fez uma megaoperação. Ressaltando que eu tenho o maior respeito pela Polícia Militar do Estado da Paraíba, mas o que aconteceu ontem foi inadmissível pelo fato da agressão, seja ela verbal ou não, e pelo fato da polícia ter recebido a gente com bombas de borracha, com tiro, com spray de pimenta, como se a gente fosse delinquentes ou bandidos”, completou o presidente do Conselho dos Entregadores, Léo Martins.

O caso

A cena que o motoboy gravou com um celular mostra um homem irritado ao ser questionado pelo código da entrega, em seguida intimidando o motoboy e depois o agredindo. Quando o homem diz que vai processar o dono da academia, ele sofre mais agressões. Ao sair do local, o motoboy relatou o problema em um grupo de conversa por aplicativo formado apenas por entregadores, que se indignaram com as agressões e se reuniram.

Cerca de cem motociclistas foram até o estabelecimento comercial e fizeram um protesto. A Polícia Militar da Paraíba foi acionada e, segundo os motoboys, dispersou os trabalhadores com violência. Ninguém foi preso até o momento.

Nova manifestação

Uma nova manifestação para classe dos entregadores foi marcada no bairro do Geisel, em João Pessoa às 18h desta quinta-feira (02).

“Infelizmente foi lamentável em pleno dia 1° de maio, dia do trabalhador a gente deparar com a cena dessa que acontece diariamente por conta de atraso que muitas vezes não é nem nossa culpa, é culpa do restaurante e muitas das vezes o cliente vem descontar no motoboy que não tem culpa de nada. Então a gente lamenta o acontecido com um amigo nosso. Inclusive a gente conhece ele, já está também conversando com ele, tentando ajudar de alguma forma”, finalizou Léo Martins

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